Putin volta a fazer ameaças sobre guerra nuclear contra o Ocidente
Durante discurso em Moscou, o presidente russo abordou a guerra como um conflito existencial; veja
💣O presidente da Rússia, Vladimir Putin, mencionou novamente a possibilidade de um conflito nuclear caso os aliados da Ucrânia avancem na guerra. A ameaça feita nesta sexta-feira (1), anteriormente era vista com pouca seriedade pelo Ocidente. No entanto, agora ganha destaque à medida que as garantias de segurança coletiva da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) são questionadas.
Putin já havia feito várias insinuações de um confronto nuclear, embora seja considerado improvável o uso dessas armas. Apesar disso, esses alertas surgem em um momento de crescente preocupação na Europa sobre o compromisso dos Estados Unidos com a segurança regional.
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Durante seu discurso parlamentar anual ontem, Putin abordou a possibilidade de escalada nuclear e retratou a guerra como um conflito existencial com o Ocidente. Suas declarações aumentam o risco de um confronto mais amplo à medida que os mecanismos globais de controle de armas se deterioram.
Autoridades alemãs recentemente pediram à França e ao Reino Unido, que cooperem com Berlim no desenvolvimento de um plano alternativo de dissuasão nuclear para a Otan, caso os EUA não estejam mais dispostos a desempenhar esse papel.
No ano passado, Putin anunciou na Assembleia Federal que Moscou suspendeu sua participação no tratado New Start, último grande acordo de controle de armas nucleares entre EUA e Rússia. Em outubro, a Rússia anunciou a revogação de sua ratificação de um importante pacto internacional de proibição de testes nucleares.
Os relatos de que Moscou está tentando desenvolver uma arma nuclear capaz de ser lançada no espaço para atingir satélites foram negados por Putin ontem, que os chamou de mentirosos e criados para difamar o país.
Putin destacou aos parlamentares a tentativa do Ocidente de arrastar a Rússia para uma nova corrida armamentista e elogiou a modernização dos equipamentos militares russos.
Em seu discurso, Putin afirmou que a Rússia está disposta a dialogar com os EUA sobre estabilidade estratégica, mas ressaltou que o país está enfrentando ações hostis dos círculos governantes do país norte-americano.
Atualmente, o afastamento dos EUA da Europa tem alimentado as preocupações com a retórica nuclear de Putin. Desde o início da guerra, as relações entre Rússia e EUA atingiram o ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria, com as potências ocidentais mantendo sanções ao país, mas incapazes de deter sua máquina de guerra.
No discurso de sexta, Putin voltou a afirmar que o Ocidente está tentando enfraquecer Moscou. Ele ainda assegurou que a Rússia fará "absolutamente tudo" para continuar sua operação militar na Ucrânia, em um esforço que foi transmitido ao vivo em algumas salas de cinema do país.
Moscou mantém vantagem sobre as forças ucranianas no campo de batalha, enquanto a ajuda militar dos EUA aguarda aprovação pelo Congresso. A captura da cidade de Avdiivka pela Rússia neste mês aumentou a ansiedade no Ocidente.
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