Prévia do PIB: IBC-Br decepciona e recua 0,7% em maio

Resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado e representa o 1º tombo do IBC-Br no ano.

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Publicado em 14/07/2025 às 10:28h - Atualizado Agora Publicado em 14/07/2025 às 10:28h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Segundo o BC, agropecuária caiu 4,2% e pressionou o IBC-Br (Imagem: Shutterstock)
Segundo o BC, agropecuária caiu 4,2% e pressionou o IBC-Br (Imagem: Shutterstock)

A economia brasileira não conseguiu manter uma trajetória de crescimento e tombou 0,7% em maio, na comparação com abril.

📉 É o que indica o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC (Banco Central), que foi divulgado nesta segunda-feira (14) e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto).

O resultado ficou bem abaixo do esperado pelo mercado, que projetava uma estabilidade do indicador.

Segundo o BC, o baque foi puxado pela agropecuária. Contudo, os outros setores da economia brasileira também não mostraram dinamismo em maio.

Veja o resultado setorial do IBC-Br de maio:

  • Agropecuária: -4,2%;
  • Indústria: -0,5%;
  • Serviços: 0,0%.

O economista André Perfeito também observou que a desaceleração da atividade econômica brasileira também pode indicar que a atuação do Banco Central pode estar surtindo efeito, o que pode abrir espaço para uma acomodação da taxa Selic no começo do ano que vem.

1ª queda do ano

💲 Esta é a primeira queda da "prévia do PIB" em 2025. O IBC-Br, no entanto, já vinha dando sinais de desaceleração nos últimos meses. Afinal, saltou 1,4% em janeiro, mas cresceu apenas 0,05% em abril.

Veja o desempenho do IBC-Br em 2025:

  • Janeiro: 1,4%;
  • Fevereiro: 0,6%;
  • Março: 0,6%;
  • Abril: 0,1%;
  • Maio: -0,7%.

Com esse desempenho, a prévia do PIB acumula uma alta de 3,4% em 2025 e de 4,0% no acumulado dos últimos 12 meses.

Já na comparação com o mesmo mês de 2024 o IBC-Br subiu 3,2% em maio, segundo o BC.

Segundo o Boletim Focus, o mercado espera que o PIB do Brasil cresça 2,23% em 2025. A projeção aponta uma desaceleração em relação a 2024, quando a economia brasileira cresceu 3,4%.

Analistas explicam que a alta dos juros tende a pressionar a atividade econômica, segurando o crescimento do PIB.

Além disso, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar em 50% os produtos brasileiros lançou novas dúvidas sobre o que esperar do desempenho do PIB nos próximos meses.