Prefixados ou IPCA+? Veja os juros atualizados do Tesouro Direto

No grupo dos papéis indexados ao IPCA, os investidores encontram remunerações que seguem atrativas para quem busca proteção real de longo prazo.

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Publicado em 28/08/2025 às 16:13h - Atualizado Agora Publicado em 28/08/2025 às 16:13h Atualizado Agora por Matheus Silva
Já os papéis de prazos mais longos tiveram recuo nas taxas (Imagem: Shutterstock)
Já os papéis de prazos mais longos tiveram recuo nas taxas (Imagem: Shutterstock)

🚨 As negociações no Tesouro Direto começaram nesta quinta-feira (28) com oscilações discretas nas taxas, refletindo um dia de ajuste fino do mercado.

Enquanto alguns títulos prefixados avançam levemente, outros recuam, mostrando que os investidores seguem cautelosos diante das perspectivas para juros no Brasil e no exterior.

Por volta das 10h (horário de Brasília), o Tesouro Prefixado com vencimento em 2028 pagava 13,24% ao ano, uma alta marginal em relação aos 13,23% da véspera.

Já os papéis de prazos mais longos tiveram recuo nas taxas: o título que vence em 2032 caiu para 13,84% ao ano (ante 13,86% do dia anterior), enquanto o Tesouro Prefixado 2035 com juros semestrais passou a oferecer 13,99% (ante 14,02%).

Esse movimento misto mostra que, embora o curto prazo ainda carregue prêmio elevado, as expectativas de inflação e juros mais à frente começam a se acomodar.

Títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+)

No grupo dos papéis indexados ao IPCA, os investidores encontram remunerações que seguem atrativas para quem busca proteção real de longo prazo.

  • O Tesouro IPCA+ 2029 paga inflação +7,73% ao ano;
  • O Tesouro IPCA+ 2040 oferece inflação +7,13% ao ano;
  • Já o Tesouro IPCA+ 2050 entrega inflação +6,92% ao ano.

Esses patamares seguem elevados em termos históricos e podem interessar investidores que desejam fixar hoje uma taxa real robusta para o futuro, especialmente diante da incerteza sobre o ritmo de cortes da Selic.

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Treasuries: referência global em queda

No exterior, os rendimentos dos Treasuries — títulos do governo dos Estados Unidos — recuam nesta manhã, reforçando o movimento de busca por ativos de risco.

  • O Treasury de 10 anos, referência global, paga 4,23% ao ano;
  • O de 20 anos oferece 4,85%;
  • E o de 30 anos, 4,89%.

Esse alívio nos yields americanos tende a favorecer países emergentes como o Brasil, já que amplia a atratividade do diferencial de juros.

O que significa para o investidor

Na prática, o cenário misto sugere que os títulos de curto prazo ainda refletem cautela com o ambiente fiscal e monetário doméstico, enquanto os de longo prazo já precificam maior estabilidade adiante.

💰 Para o investidor pessoa física, isso abre oportunidades distintas: prefixados de prazos menores para capturar o “carrego” elevado no curto prazo, e IPCA+ longos para travar taxas reais ainda altas e garantir blindagem contra surpresas inflacionárias.