Prefeitura de SP avança com venda de títulos da Faria Lima; oferta pode chegar a R$ 3,8 bi
Valor arrecadado será investido em moradias na Favela do Paraisópolis

Nesta quarta-feira (14), a Prefeitura de São Paulo enviou um ofício à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a oferta de 218,5 mil títulos públicos. Cada unidade será vendida pelo preço mínimo de R$ 17,6 mil, o que pode render mais de R$ 3,8 bilhões para os cofres da capital.
🏦 Os títulos em questão estão no âmbito da Operação Consorciada Urbana Faria Lima, que abre caminho para a construção de empreendimentos imobiliários em terrenos na região da Avenida Faria Lima. Esses ativos funcionam como Certificados de Potencial Adicional de Construção, também chamados de Cepacs, e permitem que prédios mais altos sejam construídos nas regiões onde foram adquiridos.
Ainda não há data oficial para que esse títulos sejam leiloados no mercado, mas a expectativa é que isso ocorra no segundo semestre. Agora, a CVM deve analisar o prospecto enviado pelo Executivo municipal e decidir se deve ocorrer alterações no projeto.
A operação está sendo coordenada pelo Banco do Brasil e toda a arrecadação será usada para obras de infraestrutura, urbanismo e moradias dentro da cidade. Outros cinco leilões como esse foram realizados nos últimos anos, tendo os títulos deste atual sido fixados no mesmo preço da última edição.
O diferencial desta edição é que os recursos arrecadados serão também aplicados na região do Paraisópolis. A ideia é que sejam construídas moradias populares dentro desta que é uma das maiores favelas de SP.
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A oferta dos Cepacs é bastante aguardada pelos investidores, sobretudo as incorporadoras imobiliárias que têm projetos para esta que é uma das regiões mais atrativas da cidade. Dada a alta demanda, a Faria Lima pratica hoje preços elevados nas áreas comercial e residencial.
A quantidade de títulos a serem adquiridos, portanto, muda conforme a região em que o prédio será construído. Uma empresa que deseja explorar um terreno no cruzamento da Faria Lima com a Rebouças, por exemplo, deve adquirir mais unidades que outra que tem planos para um dos limites da via.
O mesmo acontece para os projetos de apartamentos e escritórios, que possuem pesos diferentes na hora do leilão. A proporção de títulos necessários pode chegar a ser 70% superior para os projetos comerciais.
Segundo o Brazil Journal, uma das empresas interessadas na compra desses títulos é a Jacarandá Capital, que tem dois fundos com projetos ao redor do Largo da Batata. Segundo a reportagem, a empresa já possui 20 mil metros quadrados na região.

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