Por que o ouro está subindo? Metal atinge novo recorde com crise EUA-China
O metal precioso, conhecido como “porto seguro” em tempos de incerteza, acumula agora alta de 56% em 2025.

🚨 O ouro superou pela primeira vez a marca de US$ 4.100 por onça nesta segunda-feira (13), impulsionado por uma combinação poderosa de fatores geopolíticos e econômicos.
O movimento de alta ocorre em meio à retomada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, somado ao aumento das apostas de cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve).
O metal precioso, conhecido como “porto seguro” em tempos de incerteza, acumula agora alta de 56% em 2025.
Às 19h45 (horário de Brasília), o ouro à vista avançava 2,4%, cotado a US$ 4.128,70 por onça, após alcançar um pico intradiário de US$ 4.116,77. Já os contratos futuros de ouro nos EUA, com vencimento em dezembro, subiam 3,3%, para US$ 4.133,90.
A prata também acompanhou o movimento e rompeu o patamar de US$ 52, atingindo US$ 52,07 antes de recuar para US$ 51,82 — alta de 3,1%.
Por que o ouro está subindo tanto?
O movimento de valorização acelerada do ouro tem quatro grandes pilares, segundo analistas:
1. Tensões geopolíticas crescentes
O presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu o conflito comercial com a China ao anunciar na última sexta-feira (10) novas tarifas sobre produtos chineses, pondo fim à trégua entre as duas maiores economias do mundo.
A medida provocou um efeito dominó nos mercados, aumentando a aversão ao risco e impulsionando a busca por ativos defensivos — como ouro e prata.
2. Expectativas firmes de corte de juros nos EUA
Investidores agora precificam 97% de chance de corte de 25 pontos-base na taxa do Fed já em outubro, além de certeza de novo corte em dezembro.
O cenário de juros mais baixos nos Estados Unidos reduz o custo de oportunidade de ativos que não rendem juros — como o ouro — e, portanto, torna o metal mais atrativo.
“O ouro pode facilmente continuar sua trajetória ascendente. Podemos ver preços acima de US$ 5.000 até o fim de 2026”, afirmou Phillip Streible, estrategista-chefe da Blue Line Futures.
➡️ Leia mais: XP vê potencial em utilities e aponta ações com valorização de até 10 vezes
3. Compras robustas de bancos centrais
Vários bancos centrais ao redor do mundo estão acumulando ouro em suas reservas, como forma de diversificação frente à instabilidade cambial e à dominância do dólar. Esse fluxo institucional tem garantido suporte estrutural à tendência de alta do metal.
4. Entradas firmes em ETFs e fundos lastreados em ouro
O interesse de investidores institucionais e de varejo por fundos de índice (ETFs) com lastro em ouro também vem crescendo.
Esses instrumentos permitem exposição ao metal sem a necessidade de comprá-lo fisicamente, facilitando a entrada de grandes volumes de capital no mercado.
➡️ Leia mais: BBAS3, PETR4 e VALE3 dominam ranking dos papéis mais negociados na Bolsa
US$ 5.000 no radar
Com base no atual cenário, bancos como o Bank of America e Société Générale projetam o ouro a US$ 5.000 até 2026. Já o Standard Chartered revisou sua estimativa para uma média de US$ 4.488 em 2026.
Suki Cooper, chefe global de commodities do banco britânico, afirma que a tendência de alta é clara, mas que alguma correção de curto prazo poderia fortalecer a sustentabilidade do rali.
Prata acompanha e renova máxima histórica
A prata também tem se beneficiado dos mesmos fundamentos, com destaque para o uso industrial do metal em tecnologias sustentáveis, como painéis solares.
O ativo subiu mais de 3% na sessão, com cotação de US$ 51,82, após atingir brevemente os US$ 52,07 — nova máxima histórica.
Com um cenário que combina volatilidade geopolítica, juros baixos, demanda institucional e fragilidade cambial, o ouro reforça seu papel como ativo de proteção e deve continuar no radar de investidores globais.
💲 Se as projeções se confirmarem, o metal pode não apenas manter o atual patamar recorde — mas também alcançar os US$ 5.000 já nos próximos 18 meses.

21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva

2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.

FIIs ressuscitam ganhos, enquanto Bitcoin (BTC) é abatido em fevereiro; veja ranking
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores

Ações brasileiras: Qual empresa subiu quase 40% e quem evaporou 55% em abril? Veja os destaques do Ibovespa
Uma varejista surfou o mês embalada por troca em seu conselho de administração e uma companhia área tem perdido bastante valor de mercado

Cadê o ouro? Está entre os investimentos mais rentáveis em setembro; veja ranking
Metal precioso salta +10% nos últimos 30 dias, mas também dispara quase +50% em 2025.

Bitcoin (BTC) fica quase 10% mais barato em agosto, enquanto Ibovespa salta; veja ranking
Investimentos presentes na bolsa de valores brasileira levam a melhor, em momento de fraqueza do dólar também.

Bitcoin (BTC) entrega 12% ao mês, enquanto Ibovespa tem pior saldo em 2025; veja como foi julho
Investimentos em renda variável no Brasil (ações e FIIs) têm mês difícil, ao passo que criptos e exterior brilham.

Selic a 15% ao ano: Quanto rende o seu dinheiro em CDB, LCA, LCI, Tesouro Selic?
Embora ainda haja dúvidas se os juros podem permanecer em 14,75% ao ano, o Investidor10 apresenta as projeções para a renda fixa