Pela primeira vez na história, ouro ultrapassa a barreira dos US$ 4 mil
Paralisação do governo dos EUA e expectativa de corte de juros impulsionam a busca por ativos seguros; no Brasil, ETF GOLD11 acumula alta de quase 30% em 2025.

O ouro bateu um novo recorde na manhã desta terça-feira (7), mostram dados dos monitores de ativos financeiros. Por volta das 10h, o principal metal precioso do mercado superou a marca dos US$ 4 mil, o que nunca havia sido registrado na história.
O recorde veio na sequência de uma forte valorização que foi obtida na véspera, quando o ouro encerrou o pregão com alta de 2,2%. Logo nas primeiras horas desta terça, o avanço continuou até alcançar a marca recorde.
O plano de fundo para essa alta está na paralisação do governo dos Estados Unidos que, por falta de orçamento aprovado, tem vários de seus serviços fora de operação. Desta forma, alguns dos principais indicadores da economia norte-americana estão atrasados, o que tende a levar os investidores a ativos considerados mais seguros, caso do ouro.
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Além disso, há também uma discussão sobre a taxa de juros no país, que pode ser reduzida também nas próximas semanas. Esse é outro motivo que faz os investidores buscarem opções mais rentáveis para o crescimento do seu patrimônio.
Entre essas opções, está a busca pelo ouro em sua forma natural, mas também nas versões disponíveis no mercado de capitais. Os ETFs que são expostos ao mineral, por exemplo, também vêm apresentando variações recordes nas últimas semanas.
No Brasil, o GOLD11 apresenta uma variação de quase 30% apenas neste ano de 2025. Nesta terça, o ativo é adquirido por cerca de R$ 22, de acordo com dados da B3.
Nos EUA, o índice Gold Trust, que segue o desempenho do ativo no mercado internacional, cresce quase 50% no ano. Neste pregão, o índice opera a US$ 366, conforme informações da NYSE, onde está listado.
“O cenário segue favorável, com o Fed no caminho de novos cortes de juros e o mercado de trabalho enfraquecendo”, disse Ahmad Assiri, analista da Pepperstone Group Ltd. “Mas a relação entre risco e retorno parece estar mudando, e uma correção tática seria vista como uma fase saudável dentro de um rali prolongado”, pontua.
Segundo o monitor Companies Market Cap, o ouro tem hoje US$ 26,8 trilhões em valor de mercado. Esse montante é quase seis vezes maior que o da empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia, que hoje tem um market cap de US$ 4,5 trilhões.
Na comparação com outros assets importantes, o ouro chega a ser dez vezes mais valioso que a prata e doze vezes mais que o Bitcoin (BTC). Ambos os ativos operam na média de US$ 2,5 trilhões.

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