Oi (OIBR3): Credores assumem controle, mas descartam mudança administrativa

A Pimco tornou-se a principal acionista da Oi, ao trocar créditos por 120,4 milhões de ações.

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Publicado em 20/11/2024 às 16:57h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 20/11/2024 às 16:57h Atualizado 10 horas atrás por Marina Barbosa
Pimco disse que não pretende mudar controle ou estrutura administrativa da Oi (Imagem: Shutterstock)
Pimco disse que não pretende mudar controle ou estrutura administrativa da Oi (Imagem: Shutterstock)

A gestora de recursos Pimco é a nova acionista majoritária da Oi (OIBR3). A gestora era um dos principais credores da companhia, mas trocou os seus créditos por ações e alcançou uma participação de 36,5% na empresa. Ainda assim, diz que não pretende mudar o controle ou a estrutura administrativa da Oi.

A Pimco recebeu cerca de 120,4 milhões das ações emitidas pela Oi no aumento de capital previsto no seu plano de recuperação judicial. A entrega das ações começou há uma semana e foi confirmada nessa terça-feira (19) pela gestora.

🗣️ Em carta enviada à Oi, a Pimco diz que passou a responder por uma fatia de 36,5% da empresa, mas ressalta que "não têm o objetivo de atingir qualquer participação acionária em particular ou alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia, exceto se nos termos e condições do Plano de Recuperação Judicial".

No mesmo dia, a SC Lowy confirmou o recebimento de 40,5 milhões de ações, que lhe conferem uma fatia de 12,3% na Oi. A Ashmore Investment Advisors também já havia alcançado na última quinta-feira (14) uma participação de 9,58% na empresa, após receber 31,3 milhões de ações em contrapartida à capitalização de créditos detidos contra a Oi.

Com isso, essas três gestoras tornaram-se os principais acionistas da Oi. Veja como deve ficar o controle acionário da empresa após o aumento de capital:

  • Pimco: 36,5%;
  • SC Lowy: 12,3%;
  • Ashmore: 9,5%;
  • Vic DTVM + Victor Adler: 0,06%;
  • Outros acionistas: 39,7%;
  • Tesouraria: 1,9%.

Ao todo, a Oi capitalizou R$ 1,389 bilhão em créditos, por meio da emissão de aproximadamente 264 milhões de novas ações ordinárias. A operação deixou os antigos acionistas da empresa sujeitos a uma diluição de aproximadamente 80%.

Ao homologar o aumento de capital, em 28 de outubro, a Oi lembrou, por sua vez, que a medida endereça um dos principais objetivos do seu plano de recuperação judicial, "na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi".

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Novo Conselho de Administração

📞 Assim como a Pimco, a SC Lowy e a Ashmore disseram que não pretendem alterar o controle ou a estrutura administrativa da companhia. Mesmo assim, a Oi já convocou uma assembleia geral de acionistas para eleger um novo Conselho de Administração.

A proposta da empresa é reduzir número de membros do Conselho de Administração dos atuais 9 para 7 e eleger novos membros para um mandato unificado que deve se estender até a assembleia geral ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras de 2025.

Segunda maior credora da Oi, a SC Lowy Primary Investments já indicou seis nomes para a eleição. A ideia é manter os conselheiros Francisco Roman Lamas Mendez-Villamil, Paul Aronzon e Renato Carvalho Franco e eleger três novos conselheiros: Marcelo José Milliet, Paul Murray Keglevic e Scott David Vogel. Já os acionistas Victor Adler e VIC DTVM propuseram a recondução do conselheiro Raphael Manhães Martins.

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