No G7, Lula defende taxação dos super-ricos e regulação da IA

O presidente do Brasil afirmou que a concentração excessiva de riqueza é um risco à democracia.

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Publicado em 14/06/2024 às 16:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 14/06/2024 às 16:04h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
Esta já é segunda vez neste mês que Lula defende a super-taxação (Shutterstock)
Esta já é segunda vez neste mês que Lula defende a super-taxação (Shutterstock)

Em seu discurso no G7, nesta sexta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a tributação dos super-ricos e a regulação da IA (Inteligência Artificial), segundo ele, o acumulo de riqueza é um risco à democracia.

🗣️ "Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos. Essa concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia. Muitos países em desenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza", declarou.

Esta já é segunda vez neste mês que Lula defende a super-taxação. Ontem (13), durante o lançamento da Coalização Global por Justiça da Organização Internacional do Trabalho, ele disse que é necessário ampliar o papel do Estado como indutor do crescimento e adicionalmente taxar os super-ricos globalmente.

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💬 “O Brasil está impulsionando a proposta de taxação dos super-ricos na pauta do G20. Nunca antes o mundo teve tantos bilionários. Estamos falando de 3 mil pessoas que detêm quase US$ 15 trilhões”, pontuou.

No discurso desta sexta, o presidente também citou os riscos da tecnologia para o mercado de trabalho. Ele defendeu uma "revolução digital inclusiva" com o compartilhamento da IA por todos os países.

💥 "Seus benefícios (da IA) devem ser compartilhados por todos. Interessa-nos uma IA segura, transparente e emancipadora. Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. Que potencialize as capacidades dos Estados...", afirmou.

Além disso, o Papa Francisco, que tem uma conversa agendada com Lula, deverá fazer um alerta sobre o risco de os seres humanos se tornarem algoritmos com inteligência artificial, um dos principais temas da cúpula deste ano, que ocorrerá na da Itália.