Índice MSCI Brazil ganha reforço da Stone (STOC31) e amplia peso das ações nacionais

ETF que replica o indicador acumula alta de 23% em 2025 e US$ 31 bilhões em aportes.

Publicado em 06/11/2025 às 12:00h - Atualizado Agora Publicado em 06/11/2025 às 12:00h Atualizado Agora por Wesley Santana

Stone é uma fintech que oferece serviço de adquirência de cartão (Imagem: Shutterstock)

Nesta quarta-feira (5), a MSCI anunciou sua nova carteira de investimentos para o índice Brazil. Para o próximo período, a gestora adicionou as ações da Stone (STOC31), que são listadas nos Estados Unidos, mas têm os BDRs negociados no Brasil.

O banco digital, que também oferece máquinas de cartão, terá o peso de 0,990% no indicador. A Stone tem hoje um valor de mercado de US$ 5,1 bilhões, conforme dados da Nasdaq.

A companhia antes fazia parte do índice de small caps e, portanto, sofreu uma espécie de promoção por parte dos estrategistas.

Com a alteração, as ações brasileiras passam a ter uma nova participação no índice que reúne as companhias de países emergentes. A participação do Brasil no MSCI Emerging Markets sobe de 4,05% para 4,1%, conforme informações da gestora de investimentos.

A nova carteira entra em vigor na abertura do pregão do dia 24 de novembro, quando o formato atual deixa de ser negociado. Para apostar nessa estratégia, há diversos ETFs que replicam o desenho da MSCI tanto no Brasil quanto no exterior.

Um deles é o iShares MSCI Brazil (BEWZ39), que acumula uma valorização de 23% desde o começo de 2025. A capitalização de mercado desse ativo é de US$ 6,8 bilhões.

O último balanceamento do fundo foi publicado em agosto deste ano, quando a Natura (NATU3), que tinha um peso de 0,406%, deixou a cesta de ações. Em seu lugar, entrou a Porto Seguro (PSSA3), com participação de 0,502%.

O próximo balanceamento do MSCI está marcado para acontecer em 10 de fevereiro de 2026, com início das negociações em 2 de março. Atualmente, 45 ações fazem parte do indicador, que replica uma parcela da bolsa de valores brasileira no exterior.

Recorde de investimentos

No mesmo momento em que a bolsa de valores vem superando seus recordes, o índice MSCI Brazil também vê seu patrimônio líquido aumentar. Em outubro, foi registrado o maior investimento na cesta de ações depois que Trump e Lula se encontraram.

Somente naquele dia, mais de US$ 285 milhões foram aplicados em investimentos no ETF que replica o índice. No total, já são cerca de US$ 31,3 bilhões em aportes, ainda de acordo com informações da gestora.

Quais ações têm os maiores pesos do MSCI Brazil

O relatório publicado pela MSCI mostra que o Nubank (ROXO34) é a companhia que tem o maior peso no indicador, com 12,97% da carteira. Na sequência, aparecem a Vale (VALE3), com 10,45%, e o Itaú (ITUB4), com 9,27%.

A presença da Petrobras (PETR4) também é importante na composição, mas é dividida entre ações ordinárias e preferenciais. A primeira tem 6,07%, enquanto a segunda possui 5,17%, somando 11,24%, na segunda posição geral.