Ministro do Trabalho critica BC por abordagem 'burra' na política de juros

“Está faltando estudar um pouco fundamentos da economia”, disse o ministro sobre a autoridade monetária; veja.

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Publicado em 28/03/2024 às 09:32h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 28/03/2024 às 09:32h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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💸 O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), expressou, nesta quarta-feira (27), descontentamento em relação à posição do Banco Central sobre o crescimento da massa salarial e o impacto na inflação de serviços, que poderia influenciar na redução das taxas de juros.

Marinho destacou a necessidade de uma compreensão mais aprofundada dos princípios econômicos por parte da autoridade monetária, afirmando que existem duas abordagens para controlar a inflação: uma "burra", baseada no aumento dos juros e na restrição do crédito, e outra "inteligente", que envolve o estímulo à produção e à oferta.

“Está faltando estudar um pouco fundamentos da economia”, disse o ministro sobre a autoridade monetária. Ele enfatizou a importância de as empresas desenvolverem um planejamento sólido para expandir sua oferta de produtos e serviços, com incentivos a investimentos junto a bancos públicos e privados para impulsionar a produtividade.

Marinho também defendeu a colaboração do Banco Central na economia, através da redução das taxas de juros. Embora o Banco Central já tenha reduzido a taxa básica de juros de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano em 20 de março, foi a sexta vez que ocorreu um corte de 0,50 ponto percentual no indicador.

No entanto, a instituição indicou que o próximo corte, também de meio ponto percentual, provavelmente ocorrerá na reunião do Copom dos próximos dias 7 e 8 de maio, com a possibilidade de cortes menores ou até mesmo de estabilidade nas reuniões subsequentes.

Marinho defendeu que a redução das taxas de juros seja acompanhada pelo estímulo às empresas para a criação de empregos. O governo anunciou que o Brasil gerou 306,1 mil empregos com carteira assinada em fevereiro de 2024, um aumento de 21,2% em relação ao mesmo mês de 2023.

Apesar do início dos cortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus aliados continuam criticando o nível atual da Selic.