Minha Casa Minha Vida: Governo eleva teto de financiamento para R$ 275 mil

Medida aprovada pelo Conselho Curador do FGTS amplia acesso à casa própria e acompanha alta da construção civil.

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Publicado em 11/11/2025 às 13:47h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 11/11/2025 às 13:47h Atualizado 3 minutos atrás por Wesley Santana
Casas e apartamento de grandes cidades serão beneficiadas com novo teto do programa (Imagem: Shutterstuck)
Casas e apartamento de grandes cidades serão beneficiadas com novo teto do programa (Imagem: Shutterstuck)

Em mais um projeto para movimentar o setor imobiliário no país, o governo Lula conseguiu aprovar uma medida que eleva o teto do Minha Casa, Minha Vida. A partit de agora, o programa habitacional vai financiar imóveis que custem até R$ 275 mil, diferente dos R$ 264 mil atuais. 

A proposta formulada foi entregue pelo Planalto ao Conselho Curador do FGTS nesta terça-feira (11), mas não há informações sobre o impacto econômico da medida. É este colegiado que tem o poder de fazer alterações no programa, considerando que os recursos vêm do fundo mantido com o saldo dos trabalhadores.

Para o governo, a elevação do teto se justifica pelo aumento do custo do setor da construção civil, o que também eleva o valor das casas e apartamentos em todo o país. A expectativa é que a mudança beneficie os trabalhadores das faixas 1 e 2 do MCMV, que têm renda de até 2.850 e R$ 4.700, respectivamente. Com a mudança, a tabela do MCMV fica da seguinte forma:

  • Metrópoles com mais de 750 mil habitantes: teto de R$ 275 mil
  • Capitais e cidades com população até 300 mil habitantes: teto de R$ 240 mil
  • Capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes: teto de R$ 235 mil 

Essa não é a primeira alteração anunciada pelo governo nas últimas semanas, na tentativa de estimular o setor imobiliário no país. No mês passado, o governo Lula já havia aumentado o teto do financiamento para famílias de renda média, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões o teto dos créditos.

Além disso, também lançou o programa Reforma Brasil, que oferece linhas de crédito para manutenção de imóveis. Neste caso, foram fixadas taxas de juros entre 1,17% e 1,95% ao mês, dependendo da faixa de renda do contratante.

O programa é viabilizado com recursos do Pré-Sal e das contas-poupança administradas pela Caixa Econômica Federal. No total, o governo destinou R$ 40 bilhões para a execução do programa.

“São R$ 40 bilhões disponíveis para ações como uma troca de piso, um ajuste no telhado, ampliar a varanda, acrescentar um quarto novo ou construir a cozinha dos sonhos. O objetivo é assegurar o direito à moradia digna, promover inclusão social e urbana e movimentar a economia, com geração de emprego e renda na cadeia da construção civil”, diz o Ministério das Cidades, responsável pela operacionalização do programa.