Lula sai em defesa do STF, após Trump revogar vistos de integrantes da Corte

Petista chamou de arbitrária a decisão americana que poupou apenas os ministros indicados por Bolsonaro.

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Publicado em 19/07/2025 às 14:36h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 19/07/2025 às 14:36h Atualizado 2 minutos atrás por Lucas Simões
Governo Lula critica decisão de Trump de penalizar o STF (Imagem: Ricardo Stuckert/ PR)
Governo Lula critica decisão de Trump de penalizar o STF (Imagem: Ricardo Stuckert/ PR)

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou neste sábado (19) nas redes sociais em defesa dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após o presidente dos Estados Unidos revogar vistos de entrada ao seu país para alguns membros da Corte brasileira.

"Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos", escreveu Lula, em postagem oficial.

Vale destacar que a decisão do governo americano não penaliza todos os integrantes do STF, ao poupar os ministros indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o seu mandato. Além disso, o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi alvo da repreensão de Trump.

Coincidentemente, a ação da Casa Branca contra autoridades brasileiras veio após Bolsonaro ter sido alvo de operação da Polícia Federal no último dia 18 de julho, que culminou no uso de tornozeleira eletrônica e proibição das redes sociais do líder político.

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Clima ruim entre Brasil e EUA

Enquanto nenhum ministro do STF se pronunciou abertamente sobre a revogação de vistos aos EUA, até o fechamento da reportagem, Lula também comentou que a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável, o que fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.

"Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito", disse o petista.

Com mais esse capítulo dilapidando as relações diplomáticas entre Brasil e EUA, aumentam as preocupações dos investidores sobre se chegará a um acordo no tocante ao tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros destinados aos americanos a partir do próximo dia 1º de agosto.