Lula é declarado persona non-grata em Israel
Presidente brasileiro comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza, no conflito armado contra o Hamas, ao Holocausto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deflagrou uma crise diplomática ao comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. Ele foi, inclusive, declarado persona non-grata em Israel pelo governo de Benjamin Netanyahu.
🚨 O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, classificou a declaração de Lula como "um grave ataque antissemita que profana a memória dos que foram mortos no Holocausto". Logo depois, indicou que o presidente brasileiro não é mais bem-vindo em Israel.
"Não perdoaremos, nem esqueceremos. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, declarei ao presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que ele se desculpe e reconsidere suas palavras", afirmou Katz, nesta segunda-feira (19).
Leia também: Lula compara ação de Israel em Gaza à de Hitler contra judeus
🗣️ Nas redes sociais, Katz acrescentou: "Não nos curvaremos. Até que o presidente brasileiro Lula peça desculpas e se retire do incitamento anti-semita que lançou contra o povo judeu e Israel, ele será uma personalidade indesejada no Estado de Israel".
O ministro israelense falou sobre o assunto depois de levar o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, para uma reunião no Museu do Holocausto. A expectativa era de que a reunião, convocada no domingo (18) pelo governo de Israel, ocorresse no Ministério das Relações Exteriores. Contudo, Katz optou pelo memorial alegando que o local "demonstra mais do que qualquer outro o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus".
Itamaraty reage
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, convocou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, para que compareça a uma reunião ainda nesta segunda-feira (19) no Rio de Janeiro.
Além disso, chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nesta segunda-feira (19). Meyer embarca para o Brasil nesta terça-feira (20).
Em nota, o Itamaraty disse que as convocações foram realizadas "diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel".
Entenda
Lula disse no domingo (18) que o que acontece na Faixa de Gaza atualmente não é uma guerra, mas um genocídio. A região é o palco do conflito armado entre Israel e Hamas, iniciado em outubro de 2023.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou Lula.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já havia rechaçado a declaração do presidente brasileiro no domingo (18), dizendo que Lula "cruzou uma linha vermelha".
“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, disse Netanyahu.
Se a Selic subir, a bolsa cairá ou será diferente em 2024?
Saiba como as ações brasileiras se comportam com a subida dos juros
A reoneração gradual da folha de pagamento pode afetar o trabalhador?
Caso o presidente aprove o PL, empresas de 17 setores podem voltar a pagar imposto previdenciário.
Tesouro Direto: Nem confisco de dinheiro nos bancos derruba renda fixa
Títulos voltam a pagar mais de 12% ao ano, mesmo com dinheiro esquecido no radar
Tesouro Direto: Qual renda fixa volta a pagar 6% ao ano?
Título público indexado à inflação oferece juros reais neste patamar
Tesouro Direto: Risco das contas públicas sobe taxa do Tesouro IPCA+
Remuneração da renda fixa do governo brasileiro continua em alta; veja
Qual título do Tesouro Direto é mais usado para lucrar na marcação a mercado?
Vendas de renda fixa do governo têm segundo maior valor mensal da história
Tarcísio fala em vender a Petrobras (PETR4) e o Banco do Brasil (BBAS3)
Ele destacou a necessidade de atualizar contratos e regulamentações nesse setor.
Tesouro Direto: IPCA+ 6% ao ano volta ao radar na renda fixa
Tesouro IPCA+ 2035 volta a remunerar quase 6% ao ano acima da inflação