Lula: “Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras”
Em meio a debate sobre meta fiscal, Casa Civil garantiu que declaração não indica aumento dos gastos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (3) que "dinheiro bom é dinheiro transformado em obras". Em meio aos debates sobre a meta fiscal de 2024, a Casa Civil garantiu, por sua vez, que a mensagem não significa uma licença para ampliar os gastos públicos.
"Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Mas, para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. É dinheiro transformado em estradas, escola, saúde", afirmou Lula. E seguiu: "Se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo o que um político quer e um presidente deseja".
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O chefe do Executivo pediu, então, que seus ministros não deixem "sobrar dinheiro que está previsto para ser investido nos ministério". Lula disse ainda que pretende viajar o Brasil a partir de 2024 para visitar obras de infraestrutura e destacou que, além de fornecer serviços públicos, o objetivo dessas obras é criar empregos.
A declaração foi realizada em uma reunião com os ministros da área de infraestrutura e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta sexta-feira (3). Lula explicou que Haddad é o "libertador de dinheiro, o cara que põe dinheiro na mão dos ministérios".
Casa Civil nega aumento de gastos
A declaração de Lula ocorre em meio ao debate sobre a meta fiscal de 2024. Há uma semana, o presidente disse que o governo "dificilmente" cumprirá a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024 e falou que não pretende começar o ano cortando gastos públicos. Por isso, a possibilidade de mudança da meta vem sendo discutida em Brasília, embora o ministério da Fazenda defenda a manutenção do compromisso de zerar o deficit.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, no entanto, que não há possibilidade de ampliação dos gastos públicos. Segundo ele, o que Lula pediu aos ministros nesta sexta-feira (3) é eficiência na execução dos orçamentos. "Independente do debate da meta, não há nenhuma possibilidade de aumentar o gasto público, nem de investimento, nem de custeio", afirmou, na saída da reunião com o presidente.
Rui Costa destacou ainda que, apesar das discussões sobre a meta fiscal, o arcabouço fiscal não permite a elevação dos gastos públicos. "O orçamento está dado, o planejamento foi feito e não haverá alteração dos investimentos feitos por deliberação de se investir mais porque o arcabouço está dado e é limitador do gasto público", afirmou.
Assim como Haddad, o ministro da Casa Civil evitou falar sobre a possibilidade de mudança da meta fiscal de 2024. Ele disse que, quando houver novidades sobre o assunto, caberá ao Ministério da Fazenda fazer o anúncio.
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