Lula demite a ministra da Saúde, Nísia Trindade
Ela será substituída por Alexandre Padilha, em uma tentativa do governo de impor um perfil mais político ao cargo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu nesta terça-feira (25) a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
🩺 Ela será substituída por Alexandre Padilha, que ocupa o Ministério das Relações Institucionais atualmente e tomará posse no novo posto logo depois do Carnaval, em 6 de março.
A troca no Ministério da Saúde já era esperada, mas só foi confirmada em reunião realizada entre Lula e Nísia na tarde desta terça-feira (25).
Segundo o Planalto, o presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério no encontro.
Lula ainda deve trocar outros ministros nas próximas semanas, para tentar fortalecer a relação com o Congresso Nacional e melhorar a sua popularidade.
Leia também: 64,8% dos brasileiros acham que Lula não merece ser reeleito, diz pesquisa CNT
A troca de Nísia, uma ministra de perfil técnico, mostra a busca de ministros com um perfil mais político, bom trânsito entre os parlamentares e capacidade de comunicar bem as ações das suas pastas.
Pesquisadora e professora universitária, Nísia Trindade havia sido indicada para o Ministério da Saúde ainda durante a transição do governo Lula. Foi uma tentativa de adotar uma postura diferente da de Jair Bolsonaro (PL) na área e ainda fazer um aceno à comunidade científica. Afinal, Nísia comandou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) durante a pandemia de covid-19.
💲 No governo, no entanto, Nísia entrou em atrito com deputados e senadores por causa da liberação das emendas parlamentares. A pasta tem um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios, mas reforçou o uso de critérios técnicos na liberação dos recursos.
Além disso, Lula teria reclamado da demora na entrega de projetos da área de saúde que poderiam melhorar a sua popularidade, como o Mais Acesso a Especialistas, que promete aumentar os atendimentos na rede pública.
O aumento dos casos de dengue, aliado ao ritmo lento de vacinação contra a doença, também pesaram contra a ministra.
O novo ministro
Alexandre Padilha já comandou o Ministério da Saúde no governo de Dilma Rousseff (PT) e ajudou a estruturar o programa Mais Médicos nesse período.
Médico infectologista, professor e pesquisador do SUS (Sistema Único de Saúde), ele disse que fortalecer a rede pública de saúde será sua principal missão nesta nova passagem pelo Ministério da Saúde.
"Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente", afirmou.
Na publicação, Padilha ainda destacou a "profunda admiração e carinho" à "amiga Nísia Trindade".
"Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas", afirmou.
Veja o que disse o próximo ministro da Saúde:
Evento de despedida
Lula e Nísia já haviam se encontrado nesta terça-feira (25), na cerimônia de assinatura do acordo para produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue.
👏 A ministra foi muito aplaudida ao ser anunciada na solenidade e falou por cerca de 30 minutos, apesar da orientação de Lula de que os ministros devem limitar seus discursos a 5 minutos em eventos oficiais.
No discurso, Nísia fez uma série de agradecimentos à equipe do Ministério da Saúde e também agradeceu o presidente Lula pela iniciativa que permitirá a produção nacional da vacina contra a dengue.
Lula não falou na ocasião. Contudo, logo depois, postou uma foto do evento nas redes sociais, dizendo que o acordo para produção das vacinas era "mais um importante passo para a imunização no nosso país e para a saúde dos brasileiros". Veja o post:

21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Quais small caps da bolsa distribuirão mais dividendos este ano?
BTG Pactual reuniu as ações de crescimento que também mais pagam proventos aos seus acionistas