Leão XIV: Qual vai ser o salário do novo Papa?
Pontífice tem todos os gastos cobertos pelo Vaticano

O mundo conheceu na tarde da última quinta-feira (9), o novo chefe da Igreja Católica. Nascido nos Estados Unidos, Robert Francis Prevost foi eleito no Conclave para liderar mais de 1,4 bilhão de religiosos ao redor do mundo.
💰 Mas o papel do novo pontífice não se restringe à religião, já que ele é o chefe de Estado do Vaticano. Por isso, ele também deve cuidar das questões políticas, o que o torna uma figura parecida com um presidente, por exemplo.
Para executar essas funções, porém, Leão XIV não deve receber um salário fixo mensal, segundo as regras do Vaticano. Ele tem direito a uma provisão de despesas, um benefício dado a qualquer pessoa que ocupe o cargo mais alto da Igreja, que cobre todas as necessidades, como acomodação, alimentação, transporte e outros custos.
Ainda não se sabe se o novo Papa deve abdicar do recebimento, assim como fez seu antecessor. Como tinha feito um voto de pobreza, Francisco recusou receber a ajuda mensal paga pelo Vaticano.
“O papa Francisco possuía o direito de receber US$ 32.000,00 mensais como remuneração do Vaticano, devido ao cargo de sumo pontífice, porém optou por não utilizar, pois levou a sério os seus votos de pobreza desde quando assumiu o papado”, afirmou Fernando Roberto de Freitas Almeida, coordenador de Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), em entrevista ao Valor Econômico.
⛪ Leia mais: Das Américas para o Vaticano: Quem é o novo Papa Leão 14
Enquanto era cardeal, Prevost tinha um recebimento mensal de 5 mil euros, que é o valor pago pela Igreja para os religiosos nesta posição. Anteriormente, os cardeais contavam com outros benefícios, mas estes foram retirados para que a Santa Sé conseguisse equilibrar as contas.
A administração das contas da Igreja Católica é feita pelo Instituto para as Obras de Religião, também conhecido como Banco do Vaticano. No geral, as receitas do Estado vêm das doações dos fiéis e os custos são relacionados a manutenção das igrejas e dos sacerdotes ao redor do mundo.
Desafio econômico nas mãos
💸 O novo Papa assume o Vaticano com um desafio importante nas mãos que é colocar as contas da Igreja em dia e conduzir uma reforma econômica. Francisco já havia começado um processo de revisão, mas é preciso enxugar ainda mais gastos.
Em 2022, último ano de contas públicas divulgadas, o Vaticano registrou um déficit de 83 milhões. Parte deste resultado está ligado à queda da arrecadação de ofertas, consequente do declínio do número de fiéis ao redor do mundo.

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Tesouro Direto dá prejuízo após feriadão de Páscoa; veja qual renda fixa
Taxas dos títulos públicos batem maiores marcas desde março, enquanto preços unitários caem na marcação a mercado

Como investir na renda fixa em 2025 após tarifas de Trump ao Brasil?
Presidente dos EUA impõe alíquota de 10% para produtos brasileiros importados por americanos e analistas comentam possíveis impactos nos investimentos