Joe Biden desiste de concorrer à reeleição nos Estados Unidos
Pressionado há semanas, o democrata anunciou a decisão nas redes sociais neste domingo (21).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistiu de concorrer à reeleição. A decisão foi anunciada neste domingo (21), em meio à pressão para que ele deixasse a corrida eleitoral e ao fortalecimento de Donald Trump.
🚨 Em carta aos "compatriotas americanos" publicada no X (ex-Twitter), Biden disse que a sua saída da corrida à Casa Branca parece atender ao "melhor interesse do partido e do país".
"Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é no melhor interesse do meu partido e do meu país que eu renuncie e me concentre apenas no cumprimento de minhas funções como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu.
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Em isolamento domiciliar por causa do diagnóstico de covid-19, Biden prometeu dar mais detalhes da sua decisão em pronunciamento aos americanos durante a semana.
📉 O democrata deixa a corrida à Casa Branca depois de ser pressionado inclusive por aliados e doadores do Partido Democrata. Os pedidos pela desistência de Biden começaram depois do primeiro debate da campanha presidencial, em 27 de junho.
Aos 81 anos, Biden mostrou confusão e esquecimento ao debater com Donald Trump. Ele reconheceu o mau desempenho e alegou que era resultado do cansaço acumulado em viagens internacionais realizadas antes do debate, mas deixou dúvidas sobre a sua capacidade de comandar os Estados Unidos nos próximos quatro anos.
A decisão também ocorre em meio ao aumento das apostas de vitória eleitoral de Donald Trump. O ex-presidente e candidato republicado tem se fortalecido nas pesquisas de intenção de voto sobretudo depois do atentado, que lhe deixou ferido na orelha, há uma semana.
Apoio a Kamala Harris
Também no X, Joe Biden manifestou apoio à nomeação da vice-presidente Kamala Harris como candidata do Partido Democrata agora que ele deixou a disputa, além de agradecê-la por ser uma "parceira extraordinária" em todo o tempo de trabalho na Casa Branca.
"Hoje, quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada pelo nosso partido este ano. Democratas, é hora de nos unirmos e derrotar Trump", escreveu Biden.
Kamala Harris é a mais cotada para ser a candidata do Partido Democrata no lugar de Joe Biden e não demorou a assumir a postura de candidata.
Pouco depois de receber o apoio de Biden, Kamala Harris disse no X que fará de tudo para unir os democratas e os Estados Unidos para derrotar Trump. "Minha intenção é merecer e conquistar esta indicação", afirmou.
Segundo pesquisa CBS News/YouGov divulgada na última quinta-feira (18), Kamala Harris teria 48% de votos em um eventual confronto direto com Trump, que levaria 51% dos votos. Ela aparece, no entanto, à frente de Biden, que teria 47% dos votos, contra 52% de Trump.
Além disso, Kamala Harris é a única que pode herdar os fundos de campanha arrecadados pela chapa formada com Biden. A nomeação do candidato democrata ocorrerá na Convenção Nacional do partido, entre 19 e 22 de agosto.
Ao anunciar a desistência, Biden também agradeceu àqueles que trabalharam pela sua reeleição e a confiança que os americanos depositaram nele.
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"Grande progresso como nação"
Joe Biden também disse neste domingo (21) que ser presidente dos Estados Unidos foi a maior honra da sua vida. Além disso, afirmou que os Estados Unidos tiveram um "grande progresso como Nação" durante o seu mandato, nos últimos três anos e meio.
Biden afirmou que, nesse período, o país superou a pandemia de covid-19 e a maior crise econômica desde 1929, protegeu e preservou sua democracia e estreitou alianças pelo mundo. Veja a carta do democrata:
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