Itaú (ITUB4) prevê Selic estável em 14,75% e fim do ciclo de alta de juros

Segundo Mesquita, o Copom deve enfatizar o compromisso com a convergência da inflação à meta e manter a taxa.

Publicado em 17/06/2025 às 16:12h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/06/2025 às 16:12h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Silva

O banco destaca que os sinais vindos da economia doméstica têm sido ambíguos (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Itaú Unibanco (ITUB4) projeta que a taxa básica de juros (Selic) será mantida em 14,75% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), sinalizando o encerramento do atual ciclo de aperto monetário iniciado para conter a inflação.

A avaliação consta em relatório assinado pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita, que reforça a leitura de que a decisão refletirá o estágio avançado da política de juros e o ambiente ainda incerto.

Segundo Mesquita, o Copom deve enfatizar o compromisso com a convergência da inflação à meta e manter a taxa em território contracionista por um período prolongado.

Ele também projeta que o comunicado trará uma mensagem firme de que o Banco Central não hesitará em retomar a alta dos juros caso o cenário inflacionário volte a se deteriorar.

“O balanço de riscos para a inflação deverá seguir equilibrado, com riscos para ambos os lados e variância maior que a usual”, afirmou o economista.

Atividade econômica e inflação sob análise

O banco destaca que os sinais vindos da economia doméstica têm sido ambíguos. De um lado, o mercado de trabalho segue aquecido, mas o PIB do primeiro trimestre veio abaixo do esperado.

Os primeiros indicadores do segundo trimestre também mostram uma moderação na atividade econômica.

No campo da inflação, os números correntes continuam acima da meta do Banco Central, mas os dados recentes surpreenderam positivamente e indicam desaceleração, sem deterioração adicional.

As expectativas de inflação também se estabilizaram no Boletim Focus, e as taxas implícitas de inflação têm recuado.

Câmbio e riscos geopolíticos

Na frente cambial, o real se valorizou levemente e os preços das commodities, em reais, ficaram estáveis.

Porém, o aumento das tensões geopolíticas pode trazer mais volatilidade aos mercados nos próximos meses, o que mantém o viés de cautela.

📊 O Itaú destaca que o Banco Central tem reforçado em suas comunicações recentes um tom de cautela e dependência dos dados, o que deve seguir como a principal diretriz da autoridade monetária para os próximos encontros.