Inflação na Argentina cai para 11% em março, mas segue acima de 280% no ano

Aumento de preços no país continua sendo o maior do mundo

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Publicado em 12/04/2024 às 19:13h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 12/04/2024 às 19:13h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Alfajor é um dos produtos mais tradicionais da Argentina. Foto: Shutterstock
Alfajor é um dos produtos mais tradicionais da Argentina. Foto: Shutterstock

🛒 O governo argentino divulgou, nesta sexta-feira (12), o índice inflacionário de março.

Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor, o resultado de março foi de 11%. Isso representa uma desaceleração em relação a fevereiro, quando o acumulado foi de 13,2% em 30 dias.

Mesmo com o resultado animador, a inflação no país vizinho continua sendo a maior do mundo. Isso porque, considerando os últimos 12 meses, a alta dos preços chega a 287,9%, de acordo com o mapeamento feito pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

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A Educação foi a categoria com o maior avanço (52,7%), seguida da Comunicação (15,9%). Serviços públicos, como água e luz, subiram 13,3%, enquanto os Transportes saltaram 13%.

A Região Metropolitana de Buenos Aires, onde está situada a capital federal, foi a zona da Argentina que registrou os números mais altos. Por lá, a inflação média foi de 11,5% ante 8,8% do Nordeste.

Milei cita dados falsos

🤖 Dias antes da divulgação do resultado oficial da inflação para o mês, o presidente argentino Javier Milei citou uma conta falsa das redes sociais para sugerir uma suposta deflação.

Em uma transmissão pela internet, ele comentou que produtos de uma rede de supermercado tiveram os preços reajustados para baixo.

"Olha, entra no bot Jumbo, entra no bot Coto e vê o que ele dá”, disse o presidente, se referente a duas grandes redes de supermercado. “Vá em frente, vá em frente. Coloque o Coto Bot, coloque o Jumbo Bot, vamos ver o que você ganha", completou.

Após o caso, a conta na rede social se pronunciou dizendo que era um “experimento social” e que nunca analisou os preços, ou seja, os dados eram falsos. "Serviu para uma coisa: ver a necessidade que muitos têm de mostrar resultados que a realidade nega", escreveu o autor do perfil.