Inflação deve piorar e estourar teto da meta em 2025, diz Santander

O banco projeta uma deterioração da inflação antes de alcançar uma estabilização, com a taxa encerrando o ano novamente acima do teto.

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Publicado em 26/01/2025 às 19:27h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 26/01/2025 às 19:27h Atualizado 7 horas atrás por Matheus Rodrigues
O Santander acredita que a inflação deve atingir seu pico em meados de 2025 (Imagem: Shutterstock)
O Santander acredita que a inflação deve atingir seu pico em meados de 2025 (Imagem: Shutterstock)

🚨 O cenário inflacionário no Brasil promete desafios nos próximos meses, segundo análise do Santander Brasil (SANB11).

O banco projeta uma deterioração da qualidade da inflação antes de alcançar uma estabilização, com a taxa encerrando o ano novamente acima do teto de tolerância do Banco Central, que é de 4,5%.

A tendência, segundo especialistas do banco, reflete fatores econômicos internos e externos que influenciam diretamente os preços.

De acordo com o relatório divulgado, três elementos principais explicam a escalada inflacionária:

  • Depreciação do câmbio – O real enfraquecido frente ao dólar tem aumentado os custos de importação, pressionando os preços internos.
  • Atividade econômica aquecida – Apesar dos esforços de política monetária, a demanda interna permanece forte, contribuindo para uma maior pressão sobre os preços.
  • Desancoragem das expectativas – O descompasso entre as expectativas de inflação futuras e as metas do Banco Central é um ponto de atenção. Segundo o banco, as projeções inflacionárias estão entre as mais desancoradas da série histórica do relatório Focus.

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Pico inflacionário em 2025?

O Santander acredita que a inflação deve atingir seu pico em meados de 2025, em razão de uma combinação de fatores.

Um deles é o impacto da alta das commodities, cujos preços em reais têm mostrado um avanço significativo.

Esse movimento tende a alimentar as expectativas de inflação, já fragilizadas, elevando os riscos de um cenário desafiador para a economia brasileira.

Adicionalmente, o banco alerta para uma possível desaceleração econômica mais acentuada do que o previsto, o que poderia intensificar os efeitos negativos no mercado.

"Ainda estamos em um contexto de incerteza elevada, com possíveis revisões das projeções caso os indicadores mostrem um comportamento inesperado", destacou a instituição.

A deterioração inflacionária pode impactar diretamente o bolso do consumidor, especialmente em itens de maior peso no orçamento, como alimentos, combustíveis e serviços.

Para empresas, a elevação dos custos pode reduzir margens de lucro e dificultar investimentos.

📊 O Banco Central, que já adota uma postura mais cautelosa com os juros, poderá ser pressionado a manter taxas mais altas por um período prolongado.

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