Índia lidera mercado de IPOs em 2024, veja ranking

Índia saiu na frente de Estados Unidos e China, com 79 IPOs no 1º trimestre, segundo a EY.

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Publicado em 10/06/2024 às 17:59h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 10/06/2024 às 17:59h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Número de IPOs cresceu 84% na Índia em 1 ano (Shutterstock)
Número de IPOs cresceu 84% na Índia em 1 ano (Shutterstock)

A Índia foi o país que mais registrou IPOs (Ofertas Públicas Iniciais) no 1º trimestre de 2024. Ao todo, 79 empresas estrearam nas bolsas indianas nos três primeiros meses deste ano, contra 49 nos Estados Unidos e 42 na China, segundo a EY (Ernst Young).

📈 Dados da EY mostram que a Índia respondia por apenas 5% do mercado global de IPOs em 2021, mas vem crescendo de forma acelerada desde então. Em 2023, por exemplo, o país já entregou 18% de todos os IPOs registrados no mundo. E esta participação saltou para 27% no primeiro trimestre de 2024.

Com isso, a Índia ultrapassou os Estados Unidos e a China em volume de IPOs. Dados da EY explicam que o número de IPOs realizados na Índia disparou 84% em um ano, saindo de 43 para 79 entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024. Já nos Estados Unidos esse número cresceu 48% e na China, teve um baque de 51%.

Veja quantos IPOs foram realizados por país/região no 1º trimestre de 2024, segundo a EY:

  • Índia: 79;
  • Estados Unidos: 49;
  • China: 42;
  • Europa: 26;
  • Japão: 20;
  • Indonésia: 20;
  • Coreia do Sul: 14;
  • Malásia: 9;
  • Oriente Médio e Norte da África: 11;
  • Tailândia: 6;
  • Austrália: 5
  • Canadá: 3;
  • Singapura: 1;
  • Filipinas: 1;
  • Sri Lanka: 1.

O Brasil mais uma vez não aparece na lista. Afinal, a B3 não recebe nenhum IPO desde dezembro de 2021. O jejum é o maior dos últimos 20 anos, mas a EY acredita que pode estar perto do fim. A consultoria vê espaço para uma retomada dos IPOs no segundo semestre deste ano, apesar de ressaltar que depende de uma melhoria do contexto do mercado, incluindo a perspectiva de taxas de juro de um dígito.

O que explica a alta da Índia?

O boom no mercado de ações indiano reflete o crescimento econômico robusto do país, além da população jovem e do crescente foco governamental em digitalização, segundo reportado pela S&P (Standard and Poor's) em fevereiro. 

Além disso, a boa performance das novas empresas da bolsa indiana pode contribuir com esse mercado. Dados da EY mostram que as empresas que abriram capital na Índia garantiram um retorno de aproximadamente 70% depois do IPO, tanto no primeiro trimestre de 2023, quanto no de 2024. 

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Atualmente, a bolsa da Índia é a sexta maior do mundo, atrás apenas das bolsas dos Estados Unidos, de Tóquio, Xangai e da Euronext, que reúne os mercados da Holanda, Bélgica, Irlanda, Portugal, Itália, Noruega e França.

"O mercado de IPO da Índia manteve uma forte trajetória ascendente. Ao lado de um notável aumento anual no número de negócios, o mercado testemunhou mais listagens de negócios maiores, acumulando um total de US$ 2,4 bilhões captados através de 79 IPOs", destaca relatório da EY.

Em receita, os EUA lideram 

💰 O volume financeiro movimentado pelo IPO de empresas indianas disparou 1.141% em um ano, saindo de US$ 0,2 bilhão no primeiro trimestre de 2023 para US$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2024. Ainda assim, em termos de receita, os Estados Unidos lideram o mercado global de IPOs. 

Enquanto os 79 IPOs da Índia captaram US$ 2,4 bilhões, os 49 IPOs dos Estados Unidos angariaram US$ 8,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024, segundo a EY. As bolsas americanas responderam, então, por 36% das receitas do mercado global de IPOs. 

Veja quanto os IPOs captaram por país/região no 1º trimestre de 2024, segundo a EY:

  • Estados Unidos: US$ 8,4 bilhões;
  • Europa: US$ 5,9 bilhões;
  • China: US$ 3,9 bilhões;
  • Índia: US$ 2,4 bilhões;
  • Oriente Médio e Norte da África: US$ 1,2 bilhão;
  • Sudeste Asiático: US$ 1 bilhão;
  • Japão: US$ 0,5 bilhão;
  • Coreia do Sul: US$ 0,4 bilhão.

Ao todo, 287 IPOs movimentaram US$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, segundo a EY. A quantidade de ofertas diminuiu 7%, mas o volume de receitas aumentou 7% em relação ao mesmo período de 2023.