Inadimplência no Brasil tem leve queda de 0,49% em fevereiro

Apesar da redução tímida, ainda há 66,64 milhões de devedores no Brasil.

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Publicado em 19/03/2024 às 22:36h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 19/03/2024 às 22:36h Atualizado 2 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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🖊️ Os números indicando inadimplência no Brasil mostraram uma leve diminuição de 0,49% em fevereiro, em comparação com o mês anterior. No entanto, o índice ainda afeta uma grande parte da população, totalizando 66,64 milhões de devedores, segundo dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Cerca de 40,60% dos adultos brasileiros estavam com contas negativas no mês passado.

Em relação a fevereiro de 2023, houve um aumento de 2,79% no número de devedores, com destaque para um crescimento de 19,24% naqueles que estão inadimplentes há 1 a 3 anos. No mesmo período, o número de dívidas em atraso cresceu 6,32% em todo o país, embora tenha havido uma pequena queda de 0,20% na comparação mensal.

Os dados revelam uma preocupante situação de inadimplência, refletindo as dificuldades financeiras enfrentadas por uma parcela significativa da população, especialmente com a inflação superando os aumentos salariais, observa o presidente da CNDL, José César da Costa. Ele acrescenta que o ambiente econômico atual não oferece confiança suficiente para esperar uma redução consistente no número de devedores a curto prazo.

O valor médio das dívidas por pessoa negativada foi de R$ 4,3 mil, muito acima da média da população, conforme aponta Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil. Ele ressalta que, apesar das iniciativas para negociar dívidas, as famílias continuam enfrentando dificuldades para quitar seus débitos. "Nesse cenário, as perspectivas de recuperação não são otimistas", afirma.

Quanto aos setores, houve aumentos notáveis, especialmente nos setores bancário (7,84%), de água e luz (7,51%) e de comércio (3,25%), enquanto a maioria das dívidas ainda está concentrada nos bancos (64,46%), seguidos por comércio (11,26%) e serviços de água e luz (10,91%). Por outro lado, o setor de comunicações registrou uma diminuição de 11,95% no período.

Na análise regional, o Sudeste apresentou o maior aumento, com 7,40%, seguido pelo Nordeste (5,68%), Centro-Oeste (5,31%), Sul (2,93%) e Norte (2,67%).