'Impostômetro' já soma R$ 2,38 trilhões arrecadados; SP lidera ranking com R$ 891 bi

O valor representa um crescimento de 9,31% em relação ao mesmo período de 2024, quando o painel registrava R$ 2,287 trilhões.

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Publicado em 20/08/2025 às 14:30h - Atualizado Agora Publicado em 20/08/2025 às 14:30h Atualizado Agora por Matheus Silva
Na outra ponta, Roraima foi o estado com a menor arrecadação (Imagem: Shutterstock)
Na outra ponta, Roraima foi o estado com a menor arrecadação (Imagem: Shutterstock)

💰 Os contribuintes brasileiros já desembolsaram R$ 2,5 trilhões em impostos neste ano, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), painel instalado no Centro Histórico da capital paulista que mede em tempo real a carga tributária do país.

O valor representa um crescimento de 9,31% em relação ao mesmo período de 2024, quando o painel registrava R$ 2,287 trilhões.

A soma inclui tributos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária recolhidos pelos governos federal, estaduais e municipais desde 1º de janeiro.

De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o avanço é resultado de uma combinação de fatores. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”, afirmou.

Outro elemento importante foi a inflação, já que boa parte do sistema tributário brasileiro incide sobre o consumo. Ou seja, com preços mais altos de bens e serviços, a arrecadação cresce automaticamente.

Novas tributações ampliaram o bolo

Além da retomada da economia, diversas medidas do governo federal também contribuíram para reforçar o caixa público. Entre elas estão:

  • tributação de fundos exclusivos e offshores;
  • mudanças na tributação de incentivos estaduais;
  • retomada da cobrança sobre combustíveis;
  • tributação de apostas;
  • impostos sobre encomendas internacionais;
  • reoneração gradual da folha de pagamentos;
  • fim dos benefícios fiscais para o setor de eventos (PERSE);
  • aumento das alíquotas do ICMS;
  • e elevação do IOF.

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São Paulo concentra quase 40% da arrecadação nacional

O levantamento também mostra a desigualdade regional na distribuição da arrecadação. Somente o estado de São Paulo recolheu R$ 891 bilhões, o que equivale a 37,39% do total pago no país.

Na segunda posição aparece o Rio de Janeiro, com R$ 340 bilhões (13,78%). Já Minas Gerais ficou em terceiro lugar, somando R$ 184 bilhões (7,05%).

Na outra ponta, Roraima foi o estado com a menor arrecadação, totalizando apenas R$ 3,16 bilhões, equivalente a 0,10% do total nacional.

Impostômetro segue batendo recordes

A expectativa da ACSP é que o Impostômetro ultrapasse a marca de R$ 3 trilhões ainda neste ano, repetindo a tendência de alta verificada nos últimos anos.

💲 Para Gamboa, a discussão sobre a reforma tributária será cada vez mais essencial, diante do peso crescente da carga sobre o consumo e da concentração da arrecadação em poucos estados.