Imposto sobre herança: STF impede cobrança em grana aplicada em previdência

Após entendimento da mais alta Corte do país, tese será aplicada em todos os processos semelhantes

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Publicado em 16/12/2024 às 20:35h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 16/12/2024 às 20:35h Atualizado 1 dia atrás por Lucas Simões
Nenhum estado brasileiro poderá cobrar impostos nos planos VGBL e PGBL; entenda (Imagem: Shutterstock)
Nenhum estado brasileiro poderá cobrar impostos nos planos VGBL e PGBL; entenda (Imagem: Shutterstock)

👴 O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que é inconstitucional a cobrança do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre os valores depositados em planos de previdência privada.

Com a decisão da Corte, fica proibido aos estados taxar recursos que estão em contas dos planos de VGBL e PGBL e foram repassados aos herdeiros após a morte do titular.

A questão foi decidida durante julgamento virtual finalizado na sexta-feira (13). Por unanimidade, os ministros rejeitaram um recurso protocolado pelo estado do Rio de Janeiro para garantir a cobrança.

O plenário seguiu voto proferido pelo relator, ministro Dias Toffoli, para quem o imposto sobre herança não incide sobre os valores depositados em planos de previdência privada aberta.

"Inexiste transmissão causa mortis própria do direito sucessório, sendo certo que o direito dos beneficiários surge em razão de vínculo contratual", decidiu Toffoli.

Ao final do julgamento, os ministros aprovaram uma tese de repercussão geral, que deverá ser aplicada em todos os processos semelhantes que tratam da questão em todo o país.

"É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre o repasse aos beneficiários de valores e direitos relativos ao plano vida geradora de benefício livre (VGBL) ou ao plano gerador de benefício livre (PGBL) na hipótese de morte do titular do plano", decidiu o STF.

(Com informações da Agência Brasil)

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