“Imposto do Pecado”: Conheça os produtos que custarão mais caro com a reforma tributária

Popularmente chamado de "Imposto do Pecado", a sobretaxa será aplicado a produtos e serviços considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente.

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Publicado em 18/12/2024 às 09:06h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 18/12/2024 às 09:06h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Rodrigues
Apesar da amplitude, alguns itens estratégicos foram isentos do Imposto do Pecado (Imagem: Shutterstock)
Apesar da amplitude, alguns itens estratégicos foram isentos do Imposto do Pecado (Imagem: Shutterstock)

🚨 A reforma tributária, aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados e aguardando sanção presidencial, trouxe à tona uma nova modalidade de tributação que promete mexer no bolso e nos hábitos de consumo dos brasileiros.

Popularmente chamado de "Imposto do Pecado", o Imposto Seletivo (IS) será aplicado a produtos e serviços considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente.

Com alíquota adicional que pode superar a base padrão de 26,5%, essa nova taxação vai além de aumentar a arrecadação: é também uma ferramenta regulatória para promover mudanças no comportamento do consumidor e incentivar práticas produtivas mais sustentáveis.

Quais itens serão taxados?

A lista de produtos e serviços que terão a incidência do Imposto Seletivo já foi definida no texto da reforma e inclui:

  • Cigarros e derivados de tabaco: para combater o tabagismo e suas consequências à saúde.
  • Bebidas açucaradas: como refrigerantes e sucos adoçados, mirando na redução de doenças como obesidade e diabetes.
  • Bebidas alcoólicas: uma tentativa de desestimular o consumo excessivo.
  • Veículos pessoais, incluindo elétricos: por seu impacto ambiental e uso intensivo de recursos naturais.
  • Embarcações e aeronaves de uso recreativo: considerados itens de luxo.
  • Apostas físicas e online: como bets e fantasy games.
  • Exploração de minério de ferro, petróleo e gás natural: pela relevância ambiental desses setores.

A aplicação dessas taxas será gradual, e o objetivo é desestimular o consumo ou a produção de itens que tenham impactos negativos, tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente.

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O que ficará de fora?

Apesar da amplitude, alguns itens estratégicos foram isentos do Imposto do Pecado. Entre eles:

  • Caminhões: essenciais para a logística nacional.
  • Veículos de uso operacional militar e de segurança pública: como viaturas e tanques.
  • Exportação de minérios: para proteger a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional.

Quando o novo imposto começa a valer?

O cronograma de implementação do Imposto Seletivo acompanha as fases da reforma tributária. Em 2026, será realizado um período de testes, em que as alíquotas serão simuladas, mas sem cobrança efetiva. A transição para o modelo definitivo será concluída em 2033, com a plena vigência do novo sistema tributário.

Enquanto defensores do Imposto Seletivo destacam seu papel na promoção de saúde pública, sustentabilidade ambiental e justiça tributária, críticos argumentam que a medida pode pesar mais no orçamento das famílias de baixa renda, especialmente devido à inclusão de itens amplamente consumidos, como bebidas açucaradas.

📊 A reforma tributária marca uma tentativa de modernizar o sistema de arrecadação e ajustá-lo às demandas de um mundo cada vez mais consciente dos desafios ambientais e sociais.