Ibovespa recua com incertezas nos EUA e tensão fiscal no Brasil; dólar cai
A queda refletiu a cautela dos investidores, que aguardam novos dados inflacionários e a divulgação do PIB brasileiro.
🚨 O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (29) em leve baixa de 0,25%, aos 138.533,70 pontos, em meio a um cenário de alta volatilidade e indefinições econômicas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
A queda refletiu a cautela dos investidores, que aguardam novos dados inflacionários e a divulgação do PIB brasileiro.
A sessão foi marcada por movimentos laterais, com o índice sem direção firme durante todo o dia. O volume financeiro seguiu moderado, e a maioria dos setores operou de forma mista.
No câmbio, o dólar comercial recuou 0,50%, a R$ 5,666, devolvendo parte da alta registrada na véspera.
Já os juros futuros (DIs) encerraram com fechamentos mistos, refletindo as incertezas sobre a política fiscal no Brasil e a expectativa com os dados econômicos dos EUA.
EUA: PIB revisado para baixo e inflação PCE em foco
No exterior, os mercados reagiram a uma série de dados econômicos. A segunda leitura do PIB norte-americano do 1T25 mostrou contração de 0,2%, ligeiramente melhor que a leitura inicial de -0,3%, mas ainda indicativa de desaceleração da atividade.
Já a inflação medida pelo PCE trimestral veio acima do esperado, reforçando a percepção de que o Federal Reserve pode manter os juros altos por mais tempo.
Além disso, a decisão da Justiça dos EUA de suspender parte das tarifas do governo Trump contra a China adicionou mais ruído político e comercial ao mercado, segundo analistas.
A incerteza gerada pela medida contribuiu para a perda de fôlego das bolsas americanas, que fecharam com ganhos modestos.
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Brasil: alívio no desemprego, mas tensão com IOF persiste
Por aqui, os destaques do dia ficaram por conta da queda na taxa de desemprego, que veio melhor do que o esperado no trimestre encerrado em abril, e do superávit primário de R$ 17,78 bilhões no mês, divulgado pelo Tesouro Nacional.
O resultado reforça a resiliência da economia brasileira, apesar das turbulências fiscais.
Por outro lado, a novela em torno do IOF continuou gerando apreensão no mercado. O governo avalia alternativas para compensar a perda de arrecadação após o recuo na elevação das alíquotas.
No Congresso, cresce a resistência a novos aumentos de impostos, com críticas públicas de lideranças da Câmara.
Azul afunda e Copel avança
Entre os destaques corporativos, a Azul (AZUL4)despencou 6,80%, a R$ 0,96, após a XP Investimentos colocar o ativo em revisão.
A companhia acumula queda de mais de 70% no ano, em meio à reestruturação via Chapter 11 nos EUA.
No lado positivo, Copel (CPLE6) subiu 1,51%, com revisão altista de preço-alvo e recomendação de compra mantida por analistas.
A Vale (VALE3) avançou 0,07%, com suporte da alta do minério de ferro, enquanto Petrobras (PETR4) caiu 0,60%, acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional.
Os bancos operaram no vermelho, com destaque para BB (BBAS3), que recuou 1,58% — a ação acumula queda de 18% em maio.
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Expectativas para o próximo pregão
O mercado segue em compasso de espera para a divulgação de dados decisivos nesta sexta-feira, incluindo:
- Índice PCE de abril nos EUA, principal medida de inflação usada pelo Fed;
- PIB do 1T25 no Brasil, que poderá reforçar a percepção de crescimento moderado, mas ainda firme;
- Novos desdobramentos sobre o ajuste fiscal e compensações ao recuo do IOF.
📈 Com tantas variáveis no radar, a única certeza no mercado segue sendo a incerteza. O cenário exige atenção redobrada dos investidores — especialmente os que operam no curto prazo.
CPLE6
COPELR$ 13,58
45,96 %
12,75 %
4.76%
13,31
1,58
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