Ibovespa escorrega 0,21% em dia de IPCA salgado e abandono diplomático
Apesar da retração no dia, o principal índice da bolsa brasileira fechou a semana com alta acumulada de 0,11%.

🚨 O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta sexta-feira (25) com queda de 0,21%, aos 133.524,18 pontos, refletindo a combinação entre pressão inflacionária no cenário doméstico e incertezas externas ligadas às negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Apesar da retração no dia, o principal índice da bolsa brasileira fechou a semana com alta acumulada de 0,11%.
No Brasil, o foco esteve na divulgação da prévia da inflação. O IPCA-15 subiu 0,33% em julho, acima das projeções do mercado.
Com isso, o indicador acumula alta de 3,40% no ano e 5,30% em doze meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Lá fora, as atenções se voltaram para as falas do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou ter tido uma boa reunião com Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Trump indicou expectativa de cortes nas taxas de juros, apesar do histórico de tensões entre ambos.
O mercado aguarda a próxima decisão do Fed, prevista para quarta-feira (31), com expectativa de manutenção da taxa entre 4,25% e 4,5% ao ano, segundo projeção do CME Group.
Ainda no campo internacional, as negociações comerciais entre EUA e Brasil parecem ter esfriado. O cenário de indefinição gerou cautela entre os investidores.
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Dólar sobe e ações oscilam com agenda carregada
O dólar à vista fechou em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,5619, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana no exterior. No acumulado da semana, no entanto, o dólar recuou 0,46% frente ao real.
O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas globais, subia 0,14%, aos 97.651 pontos, por volta das 17h (horário de Brasília), impulsionado por perspectivas positivas de acordos comerciais entre os EUA e outros países, como a União Europeia.
Maiores destaques do Ibovespa
Entre as ações com maior destaque negativo, Yduqs (YDUQ3) caiu 4,77%, cotada a R$ 12,38, após o anúncio de mudanças no alto comando da companhia.
O atual CFO, Rossano Marques, assumirá como CEO em 15 de agosto, substituindo Eduardo Parente, que passará a integrar o conselho. Alexandre Aquino será o novo CFO.
Segundo relatório do Itaú BBA, as alterações não estavam totalmente precificadas pelo mercado e podem trazer impactos de curto prazo na percepção dos investidores.
Na ponta positiva, Dexco (DXCO3) avançou 4,14%, sendo negociada a R$ 5,79, após o banco Citi iniciar a cobertura das ações com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 8,50.
O Citi destacou a posição de liderança da companhia em segmentos como painéis de madeira, metais, louças sanitárias e revestimentos cerâmicos, classificando o investimento como de "alto risco", mas com potencial atrativo.
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Mesmo com o cenário interno mais tenso, os índices americanos registraram novas máximas históricas:
- Dow Jones: +0,47%, aos 44.901,92 pontos;
- S&P 500: +0,40%, aos 6.388,64 pontos;
- Nasdaq: +0,24%, aos 21.108,32 pontos.

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