Ibovespa emplaca 12 altas seguidas e renova recorde à espera da Petrobras
Ao longo do pregão, o índice chegou a ultrapassar os 154 mil pontos pela primeira vez, cravando nova máxima intradiária de 154.352 pontos.
🚨 O Ibovespa (IBOV) emplacou sua 12ª alta consecutiva nesta quinta-feira (6), marcando a maior sequência de ganhos desde 1997 e consolidando o nono recorde nominal seguido.
O principal índice da Bolsa brasileira fechou o dia com leve avanço de 0,03%, aos 153.338,63 pontos, superando o recorde anterior registrado na véspera.
Ao longo do pregão, o índice chegou a ultrapassar os 154 mil pontos pela primeira vez, cravando nova máxima intradiária de 154.352,25 pontos.
Com esse desempenho, o Ibovespa já acumula 22 recordes nominais em 2025, refletindo o otimismo dos investidores com os resultados corporativos e as perspectivas econômicas domésticas.
Dólar recua e juros seguem elevados
O bom humor no mercado local veio acompanhado de queda no dólar, que fechou o dia cotado a R$ 5,3489, com recuo de 0,23%.
Entre os fatores que contribuíram para a confiança do investidor está a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, confirmada na véspera pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
A decisão unânime era amplamente esperada e reforça a visão de que o ciclo de juros elevados deve permanecer por um período prolongado, conforme sinalizado pelo Banco Central no comunicado.
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Superávit comercial surpreende
No front econômico, outro dado que agradou o mercado foi o superávit da balança comercial de outubro, que atingiu US$ 6,964 bilhões — um salto de 70,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O número veio acima das expectativas e refletiu recorde de exportações para o mês e recuo nas importações, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Ações em destaque
Entre os destaques positivos do pregão, Rede D’Or (RDOR3) liderou os ganhos após divulgar um balanço acima das estimativas, animando os investidores com os resultados do terceiro trimestre.
No setor bancário, as ações operaram de forma mista, enquanto Petrobras (PETR4) avançou mais de 1%, impulsionando o índice na expectativa pelos resultados trimestrais, que seriam divulgados após o fechamento do mercado.
Por outro lado, Vale (VALE3) encerrou o dia em leve queda, realizando lucros da sessão anterior, mesmo com o minério de ferro em alta na China.
A Minerva (BEEF3) liderou as perdas, com realização de lucros após forte valorização recente, em meio à repercussão dos resultados trimestrais.
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Cautela no exterior com shutdown nos EUA
No cenário internacional, o dia foi marcado por aversão ao risco. Em Wall Street, os principais índices fecharam no vermelho, pressionados pela incerteza com o prolongamento do shutdown do governo americano e preocupações renovadas com o setor de inteligência artificial.
📈 Confira os fechamentos dos índices norte-americanos:
- Dow Jones: -0,84%, aos 46.913,22 pontos
- S&P 500: -1,12%, aos 6.720,36 pontos
- Nasdaq: -1,90%, aos 23.053,99 pontos
Na Europa, o tom também foi negativo. O Stoxx 600 recuou 0,70%, aos 567,90 pontos, após dados fracos de vendas no varejo da zona do euro, que caíram em setembro contrariando as previsões de alta.
📊 Por outro lado, os mercados asiáticos encerraram em alta, impulsionados por expectativas de estímulos econômicos. O índice Nikkei (Japão) avançou 1,34%, enquanto o Hang Seng (Hong Kong) subiu 2,12%.
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