Ibovespa supera os 139 mil pontos pela 1ª vez na história

Novo recorde reflete a percepção do mercado de que o ciclo de alta dos juros está perto do fim no Brasil.

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Publicado em 13/05/2025 às 11:41h - Atualizado Agora Publicado em 13/05/2025 às 11:41h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Ibovespa sobe mais de 1% na manhã desta 3ª feira (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa sobe mais de 1% na manhã desta 3ª feira (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa bateu um novo recorde nesta terça-feira (13), ao tocar nos 139 mil pontos pela primeira vez na história.

🚀 O principal índice da bolsa brasileira atingiu os 139.391 pontos às 16h17. Contudo, já vinha renovando suas máximas históricas desde a abertura do pregão.

Logo às 10h46, o Ibovespa bateu os 138.050 pontos, superando o recorde anterior de 137.634 pontos, registrado na última quinta-feira (8).

Depois disso, chegou a oscilar, mas logo retomou a trajetória de alta. Por isso, tocou nos 138.942 pontos às 12h28 e superou a barreira dos 139 mil pontos depois das 16h.

Após o novo pico, o Ibovespa cedeu. Contudo, segue operando em alta forte. Às 16h45, por exemplo, subia 1,86%, aos 139.099 pontos.

O que explica o novo recorde do Ibovespa?

A bolsa brasileira sobe mais de 1% nesta terça-feira (13), impulsionada por diversos fatores. O principal deles é a percepção do mercado de que o ciclo de alta da Selic está perto do fim.

💲 O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros da economia brasileira para 14,75% na última quarta-feira (7). Contudo, deixou em aberto o rumo da Selic.

Em ata publicada nesta terça-feira (13), o Copom disse que será preciso manter os juros altos "por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta".

Contudo, não disse se pretende elevar novamente os juros na sua próxima reunião, marcada para 29 e 30 de julho.

Na avaliação do comitê, "o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação".

🔎 A leitura do mercado é de que, dessa forma, o Copom indica que o ciclo de alta dos juros está perto do fim. Por isso, os juros futuros operam em queda nesta terça-feira (13) e a bolsa, em alta.

O Itaú BBA, por exemplo, revisou as suas projeções para incorporar a possibilidade de que a Selic siga em 14,75%.

"Embora a ata não feche a porta para um aumento adicional, o comitê parece estabelecer uma barra alta para tal movimento. Assim, revisamos nossa projeção para a taxa Selic ao final do ciclo para 14,75%. Essa também deve ser a taxa ao final do ano, já que não prevemos condições, nos próximos trimestres, que permitam ao Copom começar a cortar – isso deve ocorrer no início de 2026", avaliou o banco.

Além disso, a bolsa brasileira ganha com a alta dos preços internacionais do minério de ferro, que impulsionam as ações da Vale (VALE3) e de outras mineradoras listadas na B3.

As ações da Petrobras (PETR4) também impulsionam o Ibovespa, pois sobem mais de 1% na esteira da apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025.

O fato de a inflação americana ter vindo dentro do esperado em abril, com uma alta de 0,2%, também ajuda os negócios. O mercado ainda monitora os resultados corporativos do primeiro trimestre de 2025, além do acordo para a redução temporária das tarifas comerciais entre Estados Unidos e China.