Haddad defende taxar super-ricos e propõe nova globalização no Brics
A proposta de Haddad visa estabelecer um acordo global para promover tributação progressiva dos super-ricos.

Durante a abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do Brics neste sábado (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu uma nova abordagem para a globalização, que ele classificou como "reglobalização sustentável".
A proposta, segundo o ministro, visa alinhar o desenvolvimento econômico aos pilares social e ambiental, de forma equitativa e inclusiva para toda a humanidade.
Segundo Haddad, a nova globalização deve ser construída sobre um modelo mais justo, com maior equilíbrio entre as nações.
“Uma nova aposta na globalização, dessa vez baseada no desenvolvimento social, econômico e ambiental da humanidade como um todo”, destacou o ministro, durante o evento que antecede a 17ª Cúpula do Brics, que acontece nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
Tributação internacional e justiça fiscal
Um dos pontos centrais do discurso foi o apoio do Brasil à criação de uma Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária.
A proposta visa estabelecer um acordo global para promover tributação progressiva dos super-ricos, com foco em equidade fiscal.
“Trata-se de um passo decisivo rumo a um sistema tributário global mais inclusivo, justo, eficaz e representativo – uma condição para que os super-ricos do mundo todo finalmente paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou.
Brics como agente de mudança
Haddad destacou que o Brics possui legitimidade única para liderar essa transformação. Composto por países que representam quase metade da população mundial e 39% da economia global, o bloco surge como voz relevante para reequilibrar as estruturas globais de governança financeira.
“O Brics nasceu do pleito por maior peso no sistema internacional. Nenhum outro foro possui hoje maior legitimidade para defender uma nova forma de globalização”, disse o ministro.
Relembrando o papel do Brasil no G20, Haddad citou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, reforçando o compromisso com políticas multilaterais.
“Desde então, manifestamo-nos em defesa da tributação progressiva dos super-ricos. Essa defesa se tornou urgente. Não há solução individual para os desafios do mundo contemporâneo”, completou.
Clima e sustentabilidade em pauta
No campo ambiental, o ministro ressaltou que os países do Brics estão desenvolvendo instrumentos inovadores para acelerar a transformação ecológica, com destaque para as discussões em torno da criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).
A iniciativa visa estimular economias de baixo carbono com apoio financeiro das nações mais poluentes do hemisfério norte.
“Estou convencido de que o Brics pode desempenhar um papel decisivo em sua criação, com um anúncio de grande impacto durante a COP 30”, afirmou Haddad, referindo-se à próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Encerrando sua fala, Haddad reforçou o desejo de que o Brics atue como um porto seguro em um mundo cada vez mais instável, destacando a importância da cooperação multilateral. “Serenidade e ambição são, portanto, as marcas da nossa presidência”, concluiu.

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