Greve na Petrobras (PETR4) completa 8 dias; sindicatos mantêm paralisação

Mesmo após a apresentação de uma quarta contraproposta, as principais representações sindicais decidiram pela continuidade da greve.

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Publicado em 22/12/2025 às 14:29h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 22/12/2025 às 14:29h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
A categoria petroleira contesta os índices de reajuste e as condições de trabalho oferecidas (Imagem: Shutterstock)
A categoria petroleira contesta os índices de reajuste e as condições de trabalho oferecidas (Imagem: Shutterstock)
🚨 A greve nacional dos trabalhadores da Petrobras (PETR4) entrou em seu oitavo dia nesta segunda-feira (22), sem sinais de desfecho imediato.
Mesmo após a apresentação de uma quarta contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por parte da estatal, as principais representações sindicais, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), decidiram pela continuidade do movimento.
O impasse ocorre após uma reunião realizada no domingo (21), na qual a companhia propôs ajustes nos termos econômicos e sociais. 
Embora a FUP tenha reconhecido "avanços significativos" em eixos centrais, o comando da greve considerou que pontos decisivos ainda não foram atendidos, mantendo a mobilização em refinarias, terminais e plataformas de exploração e produção (E&P).

Reivindicações e impasses econômicos

A categoria petroleira contesta os índices de reajuste e as condições de trabalho oferecidas. Entre as principais exigências que impedem o acordo, destacam-se:
  • Ganhos Reais: Os sindicatos consideram insuficiente o ganho real de 0,5% proposto para 2025 e 2026, defendendo um percentual de 3%;
  • Abono Salarial: A oferta atual de 1,6 remunerações, parcelada para março e setembro de 2026, é vista como aquém da lucratividade recorde da empresa;
  • Solução para a Petros: A entrega de uma carta-compromisso que solucione os Planos de Equacionamento de Déficits (PEDs) do fundo de pensão, que geram descontos elevados nos contracheques de ativos e aposentados.

Condições de trabalho e operacionalidade

Além da pauta financeira, a FUP cobra que a Petrobras estenda a proposta para todas as suas subsidiárias e garanta isonomia entre unidades operacionais, como o Terminal de Coari e a unidade de Urucu, no Amazonas.
Questões como a garantia de hospedagem para trabalhadores offshore e a não punição (desconto) dos dias parados também permanecem sem resposta conclusiva da estatal.
Por sua vez, a Petrobras afirma, em nota, que os ajustes feitos no ACT contemplam os principais pleitos sindicais e que segue empenhada em concluir a negociação. 
📈 Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a paralisação pode impactar o faturamento da companhia em cerca de R$ 200 milhões por dia, embora a empresa esteja operando com equipes de contingência para garantir o abastecimento e a segurança das instalações.

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