Empresa encerra negociações na B3 e muda registro para categoria B; confira

Com a mudança, os acionistas que ainda possuem papéis da empresa terão a oportunidade de vendê-los.

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Publicado em 27/08/2024 às 09:58h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 27/08/2024 às 09:58h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues
A mudança representa um marco na história da companhia e abre espaço para novas estratégias (Imagem: Shutterstock)
A mudança representa um marco na história da companhia e abre espaço para novas estratégias (Imagem: Shutterstock)

💲 A Cielo (CIEL3), líder no mercado de pagamentos eletrônicos no Brasil, anunciou na última segunda-feira (26) que obteve aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para alterar seu registro de companhia aberta da categoria “A” para a categoria “B”.

Com essa mudança, as ações da Cielo deixarão de ser negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira.

Essa decisão marca o encerramento de uma fase importante na trajetória da empresa e levanta questões importantes para os investidores que ainda mantêm ações da companhia.

Mudança de categoria e impacto para os acionistas

A partir da transição para a categoria “B”, os acionistas que ainda possuem papéis da Cielo terão a oportunidade de vendê-los diretamente ao escriturador da empresa.

Essa decisão segue a conclusão do leilão de oferta pública de aquisição de ações (OPA), no qual menos de 5% do capital social da Cielo permaneceu em circulação.

Com isso, a empresa pretende convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre o resgate compulsório das ações restantes.

Os maiores compradores das ações da Cielo durante a OPA foram grandes investidores institucionais, como Quixaba Empreendimentos e Participações, BB Elo Cartões Participações, Elo Participações, Alelo Instituição de Pagamento e Livelo.

Esses players adquiriram um total de 2.583.914.571 ações ordinárias, representando 95,10% do total da companhia.

A aquisição em massa visa garantir uma maior concentração acionária e facilitar o fechamento de capital da empresa.

Detalhes da Oferta Pública de Aquisição (OPA)

📉 O leilão da OPA da Cielo, realizado em 14 de agosto, movimentou R$ 4,30 bilhões, um montante significativo que reforça o interesse dos investidores em consolidar o controle da companhia.

A holding EloPar, formada pelos bancos Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), foi responsável pela compra de 736.857.044 ações ao preço de R$ 5,82 por ação.

O objetivo da OPA era adquirir 902.247.285 ações ordinárias para efetivar o fechamento do capital da empresa de maquininhas de cartão.

Consequências da decisão e próximos passos

Com a conclusão da OPA e o cumprimento das exigências da CVM, que incluíam a aceitação da oferta por acionistas detentores de pelo menos dois terços das ações, a Cielo encerra suas negociações na B3 e inicia uma nova fase sob a categoria “B”.

Esse movimento é visto como uma estratégia para reduzir custos operacionais e aumentar a flexibilidade para futuras movimentações corporativas.

Os investidores devem ficar atentos aos próximos comunicados da empresa, especialmente sobre o resgate compulsório das ações remanescentes e os desdobramentos estratégicos que a Cielo adotará a partir de agora.

📊 A mudança representa um marco na história da companhia e abre espaço para novas estratégias de mercado, ao mesmo tempo em que coloca à prova a confiança dos acionistas no futuro da empresa.

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