Empresa arremata três blocos de leilão de saneamento no Norte; investimento será de R$ 15 bi

O governo do Pará divulgou, na tarde desta sexta-feira (11), o resultado do leilão para a concessão de serviços de saneamento do estado. Estavam na disputa quatro blocos, com com um valor bilionário.

🤝 Quem saiu na frente foi a Aegea, que ganhou três dos quatro lotes disponíveis no edital. Ao todo, a empresa será responsável por 98 cidades do Pará. O único bloco que não foi arrematado, o C, não recebeu ofertas por causa da baixa densidade populacional da área onde está situado.

O primeiro bloco arrematado pela Aegea foi o A, o mais aguardado, que engloba um universo de 2,4 milhões de pessoas, que é um terço da população do estado. A empresa ofereceu o total de R$ 1,17 bilhão pela área, com um ágio de 12% em relação ao que foi proposto pelo governo.

Pelo segundo, o lote B, a empresa ofereceu um acréscimo de 650%, pagando R$ 140,9 milhões e desbancando a Servpred. Este inclui 50 municípios, com uma densidade populacional de 20 habitantes por km².

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O terceiro e último, de letra D, também era importante para a companhia, pois inclui polos econômicos importantes, como Parauapebas, embora a densidade seja menor. Por este motivo, a empresa quase triplicou a oferta do Pará e decidiu pagar R$ 117,8 milhões -a Azevedo e Travassos e o Consórcio Eldorado também disputaram.

A expectativa é que com esses contratos a empresa tenha que fazer um investimento total de R$ 15,2 bilhões. O objetivo é promover a universalização do tratamento de esgoto e a entrega de água limpa nas áreas urbanas dos municípios em questão.

A Aegea não tem suas ações negociadas na bolsa de valores, mas a Itaúsa tem 10% do capital social da companhia de saneamento. Desta forma, é esperado que a holding veja suas ações serem beneficiadas com esse novo negócio.

Depois do anúncio, as ações da Itaúsa registraram uma alta no pregão, segundo dados da bolsa de valores. Por volta das 15h30, os papéis eram negociados com alta de quase 2%, acima de 9,75.

O governador Helder Barbalho destacou que, embora o Pará esteja na bacia amazônica, que é a maior hidrográfica do mundo, parte da população ainda não tem acesso ao saneamento básico. Por isso, segundo ele, há um desafio do poder público de tratar o esgoto e entregar esse direito básico à população.

“Nunca na história do Pará se apontou um investimento desta monta em água e esgoto. Hoje, o Pará passa a ter um plano para essa área, com metas definidas”, disse Helder, ao lado de seu irmão, Jader Barbalho, ministro das Cidades.