Eleição deve impulsionar venda de armas nos EUA, diz Taurus (TASA4)

Segundo a companhia, americanos tendem a comprar mais armas em anos eleitorais para se antecipar a possíveis mudanças na legislação.

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Publicado em 13/08/2024 às 22:32h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 13/08/2024 às 22:32h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Taurus prevê "maior movimentação" no mercado americano nos próximos meses (Shutterstock)
Taurus prevê "maior movimentação" no mercado americano nos próximos meses (Shutterstock)

A Taurus (TASA4), maior fabricante de armas leves do mundo, acredita que as eleições presidenciais de novembro devem impulsionar a venda de armas nos Estados Unidos, sobretudo se Kamala Harris mostrar vantagem sobre Donald Trump.

📈 Ao divulgar o balanço do segundo trimestre de 2024, a Taurus explicou nesta terça-feira (13) que a demanda por armas costuma crescer nos Estados Unidos em anos eleitorais, "em função da incerteza em relação ao candidato que será eleito e consequente possível mudança da política a ser adotada para o setor após a posse do novo governo".

A companhia brasileira afirmou ainda que a entrada de Kamala Harris na disputa deve acirrar essa tendência, já que a candidata democrata tem "como histórico e entre seus principais pontos de campanha o firme posicionamento favorável a um controle mais rígido sobre armas de fogo".

🗣️ "Esse posicionamento, semelhante ao que aconteceu durante o período Obama, tende a refletir de forma diversa no mercado, levando ao aumento da demanda, com os consumidores se antecipando a eventuais medidas mais rígidas de controle em relação ao setor", acredita a Taurus.

De acordo com a companhia, a demanda por armas teve um "forte aumento" durante o governo de Barack Obama, apesar das políticas de controle sobre a venda de armas defendidas pelo ex-presidente americano. A demanda do período, segundo a Taurus, só não foi maior do que o da pandemia de covid-19.

Leia também: Taurus (TASA4) tem prejuízo de R$ 9 milhões no 2º trimestre

Depois de bater recorde na pandemia, no entanto, as vendas de armas desaceleraram nos Estados Unidos e também no Brasil. Por isso, a Taurus vem sofrendo com queda nas vendas e na lucratividade, ao ponto de ter registrado um prejuízo líquido de R$ 9 milhões no segundo trimestre de 2024.

Ainda assim, a companhia olha com otimismo para o segundo semestre deste ano. "A expectativa para os próximos meses é de maior movimentação no mercado norte-americano, com aumento da demanda à medida que as eleições presidenciais vão se aproximando", afirmou.

A Taurus ainda vê chances de uma recuperação gradual do mercado doméstico, que também bateu recordes na pandemia, mas esfriou depois que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endureceu o acesso a armas no Brasil.

A companhia explicou que a regulamentação dessas novas leis avançou nos últimos meses. Por isso, diz que "a perspectiva é de gradual recuperação do mercado doméstico, de modo a atender a demanda represada por mais de um ano, desde janeiro/2023, assim como a nova demanda".

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