Dólar bate R$ 5,70: Três fatores que explicam a alta da moeda
Cenário interno e externo influenciam desempenho da moeda dos EUA
📈 Os brasileiros que estão acostumados com o dólar na faixa de R$ 5 podem ficar apavorado com as subidas da moeda norte-americana nas últimas semanas. No acumulado de junho, a subida foi de 6,46%, enquanto passou de 15% desde o começo do ano, segundo os monitores de câmbio.
Na segunda-feira (1º), a moeda norte-americana fechou o dia cotada em R$ 5,65. No entanto, durante a tarde desta terça (2), a cotação bateu a casa de R$ 5,70, com fortes expectativas de fechar o dia ainda mais alta.
De modo geral, há três grandes fatores que explicam essa alta acentuada e formam a tempestade perfeita para o avanço da moeda.
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Em primeiro lugar, está o cenário externo, sobretudo da economia dos Estados Unidos. Por lá, a taxa básica de juros segue no patamar acima de 5%, o maior índice em muitos anos.
Havia uma expectativa de que o Fed, o banco central dos EUA, cortariam os juros, mas isso não se confirmou. A análise de muitos especialistas é que a redução aconteça depois de setembro, já próximo das eleições presidenciais.
Quanto mais alta estiver a taxa de juros dos EUA, maior é o rendimento dos títulos públicos e, consequentemente, mais alto fica o dólar em todo o mundo.
Além disso, há uma forte tormenta no mundo, com diversos conflitos em execução, como o entre Rússia e Ucrânia, e Israel e Hamas. Este último, localizado no Oriente Médio, reflete no petróleo que é um dos produtos mais importantes do mundo.
Já em âmbito interno, há a discussão sobre a percepção das contas públicas e uma possível crise fiscal. Recentemente, o Banco Central interrompeu o ciclo de corte da Selic no país, considerando que o cenário não é ideal para reduzir a taxa de juros.
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No entanto, o dólar recuava 0,12% a R$ 5,05.
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