Dólar abre em alta e bate R$ 6,05

Na semana, a moeda acumula alta de 3,02%.

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Publicado em 29/11/2024 às 10:23h - Atualizado Agora Publicado em 29/11/2024 às 10:23h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
O anúncio do pacote fiscal continua pesando nos ativos (Imagem: Shutterstock)
O anúncio do pacote fiscal continua pesando nos ativos (Imagem: Shutterstock)

💸 O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (29) com valorização, intensificando a tendência observada nos últimos dias. A moeda norte-americana ultrapassou a marca de R$ 6, estabelecendo um novo recorde histórico, em meio às incertezas relacionadas ao cenário fiscal brasileiro.

Com isso, o dólar operava em alta de 1,90% às 10h02 (horário de Brasília), cotado a R$ 6,1030, com máxima de R$ 6,1070. Na semana, a moeda acumula alta de 3,02%, no mês de 3,59% e no ano de 23,42%.

"Quem apostar contra o Brasil vai perder"

Ainda ontem (28), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse a jornalistas que o governo irá explicar as medidas de ajuste fiscal ao mercado e que a cotação do dólar vai baixar.

🗣️ “Vai baixar. É dialogar com o mercado. A equipe econômica vai conversar”, disse o ministro da Casa Civil. Rui destacou também que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com a responsabilidade fiscal. “Quem apostar contra o Brasil vai perder, porque não vamos brincar de política econômica”, disse ele.

Medidas e a resposta de Fernando Haddad

Os anúncios feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira (27) e detalhados ontem continuam pesando nos ativos. O governo enviará ao Congresso um pacote de medidas que prevê a redução de R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026, além de R$ 327 bilhões até 2030.

💰 O pacote de medidas prevê alterações em diversas áreas, como salário mínimo, programas sociais, aposentadoria de militares, emendas parlamentares, entre outros.

Leia também: Como ficam os dividendos com o imposto mínimo proposto pelo governo?

Em resposta ao mercado, o ministro da Fazenda disse na última quinta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode considerar só o ponto de vista dos agentes financeiros em relação às mudanças anunciadas.

“Ele ouviu todos os ministros e tomou a decisão que pareceu a mais adequada para dialogar com o país. Porque o presidente não dialoga só com o mercado financeiro, dialoga com o país inteiro. Com as expectativas das pessoas por justiça social, com uma série de anseios represados”, declarou.