Dívidas judiciais do governo saltam 261% em menos de uma década
Entre 2014 e 2023, dívidas com RPVs saltaram de R$ 5,4 bi para R$ 19 bi
O montante das dívidas judiciais do governo federal relacionadas a processos contra a Previdência Social, chamadas de RPVs (Requisições de Pequeno Valor), apresentou aumento ao longo da última década, conforme levantamento realizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, obtido pela Folha.
Entre 2014 e 2023, essas dívidas saltaram de R$ 5,4 bilhões para R$ 19 bilhões, registrando um crescimento de 261%. Em 2023, as ações ligadas à Previdência representaram 70% do total das RPVs, totalizando R$ 28 bilhões.
Além disso, as RPVs relacionadas aos benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) e à Renda Mensal Vitalícia (RMV), correspondem a 11,6% do total das sentenças. Para o ano de 2024. A estimativa apresentada pelo Judiciário aponta um valor global de RPVs a ser pago pelo governo de R$ 29 bilhões.
Essas ações abrangem diversos benefícios, como aposentadorias, pensões e auxílios, e têm despertado a atenção do governo devido ao rápido crescimento nos últimos anos e ao peso que representam no conjunto das despesas. Há uma preocupação na área econômica de que essa tendência possa comprometer o sucesso do arcabouço fiscal no futuro, sobretudo em relação à nova regra das contas públicas aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado.
Quanto maiores forem as despesas obrigatórias, menor será o espaço disponível para o Executivo destinar recursos a investimentos. O Ministério do Planejamento ainda está processando os dados referentes às RPVs de 2024, mas a tendência preliminar sugere que haverá um novo impacto significativo devido ao aumento das dívidas previdenciárias.
No final do ano passado, após um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o governo efetuou o pagamento de R$ 93 bilhões em precatórios que estavam em atraso desde a gestão do governo Bolsonaro.
*Com informações da Folha
Tesouro Direto: Nem confisco de dinheiro nos bancos derruba renda fixa
Títulos voltam a pagar mais de 12% ao ano, mesmo com dinheiro esquecido no radar
A reoneração gradual da folha de pagamento pode afetar o trabalhador?
Caso o presidente aprove o PL, empresas de 17 setores podem voltar a pagar imposto previdenciário.
Se a Selic subir, a bolsa cairá ou será diferente em 2024?
Saiba como as ações brasileiras se comportam com a subida dos juros
Tesouro Direto: IPCA+ 6% ao ano volta ao radar na renda fixa
Tesouro IPCA+ 2035 volta a remunerar quase 6% ao ano acima da inflação
Tesouro Direto: Qual renda fixa volta a pagar 6% ao ano?
Título público indexado à inflação oferece juros reais neste patamar
Tesouro Direto: Qual renda fixa do governo é mais procurada em setembro?
Governo aumenta lotes com pagamento de juros maiores e investidores aproveitam
Qual título do Tesouro Direto é mais usado para lucrar na marcação a mercado?
Vendas de renda fixa do governo têm segundo maior valor mensal da história
Petrobras (PETR4) não descarta dividendos extraordinários em 2024
Segundo o CFO, pagamento depende da geração de caixa e da capacidade de financiamento dos próximos projetos de investimento.