Desemprego cai para o menor patamar da série histórica, mostra IBGE

População desalentada e subutilizada também caiu

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Publicado em 29/11/2024 às 12:52h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 29/11/2024 às 12:52h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
Milhões de pessoas circulam pelo Metrô diariamente (Imagem: Shutterstock)
Milhões de pessoas circulam pelo Metrô diariamente (Imagem: Shutterstock)

O IBGE divulgou, na manhã desta sexta-feira (29), os dados do desemprego no país. De acordo com o Instituto, a taxa caiu para 6,2% em outubro, alcança a mínima da série histórica iniciada em 2012.

💼 O número é um avanço em relação aos registrado no segundo trimestre do ano, quando o saldo de desempregados chegou a 6,8%. Também em relação a outubro do ano passado, quando as pessoas sem trabalho somavam 7,6% da população, ainda de acordo com o IBGE.

Em outubro, o salário médio dos brasileiros foi de R$ 3.255, crescendo quase 4% no intervalo de doze meses. Já a massa de rendimento real habitual cresceu 2,4%, para R$ 332,6 bilhões.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgadas mensalmente pelo órgão público. Apesar dos índices positivos, a estimativa é que 6,8 milhões de brasileiros ainda estejam sem trabalho.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, explica que esse crescimento do emprego tem sido sustentado nos últimos trimestres e mostra uma superação em relação a 2013, considerado o melhor momento recente do mercado de trabalho.

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"Nós tivemos momentos bastante desfavoráveis no mercado, como foi o caso de 2015, 2016. Teve ali um período de recuperação entre 2017 e 2019, mas, em 2020, a pandemia chegou com impactos bastante ruins no mercado de trabalho. Aí tem um processo de recuperação pós pandemia, principalmente em 2022", explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Os resultados da PNAD também mostram que 17,8 milhões de pessoas estão classificadas na categoria de subutilizados. Isso se refere àqueles que poderiam e queriam trabalhar mais, mas não encontram uma oportunidade.

Já os chamados “desalentados”, recuaram para perto de 3 milhões, o menor índice desde 2016. Esse grupo é composto por aqueles que até gostariam de trabalhar, mas não buscam emprego por falta de qualificação profissional.

Veja os principais números da pesquisa:

  • Taxa de desocupação: 6,2%
  • População desocupada: 6,8 milhões de pessoas
  • População ocupada: 103,6 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,1 milhões
  • População desalentada: 3 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 14,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,7 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 6 milhões
  • Trabalhadores informais: 40,3 milhões