Deputados pedem na Justiça que Campos Neto não fale sobre política

Ação popular foi protocolada por parlamentares do PT

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Publicado em 20/06/2024 às 15:00h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 20/06/2024 às 15:00h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Roberto Campos Neto onferência Anual do Banco Central do Brasil. Foto: Divulgação
Roberto Campos Neto onferência Anual do Banco Central do Brasil. Foto: Divulgação

🤫 Correligionários do PT (Partido dos Trabalhadores) entrou com um pedido na Justiça Federal para que o Roberto Campos Neto não se manifeste publicamente sobre eventual candidatura enquanto estiver em seu mandato no Banco Central.

A ação popular foi protocolada pela bancada do partido na Câmara dos Deputados, liderada pela presidente Gleisi Hoffmann. A data de protocolização é bem simbólica, já que foi no mesmo dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a Selic no patamar de 10,5% ao ano.

“(…) Pugna-se pela concessão de medida liminar para determinar que o requerido se abstenha de fazer pronunciamentos de natureza político-partidárias, ou ainda que deixe de pronunciar qualquer apoio a candidatura ou pretensão de ocupação de cargo político, enquanto perdurar o exercício do cargo”, disseram os autores, na ação.

🤝 Leia mais: De forma unânime, Copom decide manter Selic em 10,5%

No decorrer do texto, os advogados do partido ainda citam situações em que Campos Neto teria sinalizado um possível apoio ao atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O presidente do BC termina seu mandato no final deste ano, mas poderia ser reconduzido ao cargo por decisão do presidente Lula, o que é pouco provável. O chefe do Executivo tem subido o tom contra Neto, sobretudo pelo fim do corte na taxa básica de juros.

Na última terça-feira (18), em entrevista à rádio CBN, Lula afirmou que o presidente do BC trabalha para prejudicar o país. Ele ainda adiantou que indicará alguém “sério, responsável e imune aos nervosismos momentâneos do mercado” para a sucessão.

A imprensa chegou a ventilar que após seu mandato à frente do BC, Neto abriria uma fintech em Miami, onde tem família, mas o executivo negou a informação. Em entrevista à GloboNews, ele também negou ter qualquer pretensão política depois de sair do BCB.