Depois de mega demissão, Itaú (ITUB4) oferece indenização milionária aos trabalhadores

Proposta inclui bônus de até 10 salários mínimos, manutenção de benefícios e análise individual de alguns casos.

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Publicado em 07/10/2025 às 13:25h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 07/10/2025 às 13:25h Atualizado 2 minutos atrás por Wesley Santana
Itaú é o banco mais valioso da América Latina (Imagem: Shutterstock)
Itaú é o banco mais valioso da América Latina (Imagem: Shutterstock)

O Itaú (ITUB4) ofereceu uma proposta de indenização para os mais de mil funcionários que foram demitidos por baixa produtividade no home office. Segundo informações do Sindicato dos Bancários, o banco quer pagar até 10 salários mínimos e outros benefícios para os trabalhadores impactados pela demissão em massa. 

A oferta foi anunciada pelo Itaú no âmbito das negociações que são realizadas no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na última segunda-feira (6). Os trabalhadores demitidos têm até a próxima quinta (9) para decidir se aceitam os termos ou não. 

A indenização oferecida pelo Itaú prevê o repasse de quatro ou seis pagamentos do piso nacional (dependendo do tempo de trabalho), uma quantia extra de R$ 9 mil por contratado, além do 13º da cesta de alimentação. O pacote de indenização também inclui a manutenção da taxa de juros de financiamentos no patamar oferecido aos trabalhadores em atividade. 

"Para a gente, a proposta que sai daqui é muito importante. O banco errou e estamos aqui para atender estes trabalhadores, principalmente o pessoal que tinha estabilidade. O Itaú vai voltar atrás no caso de quem estava gestante e, no caso dos adoecidos, o banco se comprometeu a analisar caso a caso. Saímos daqui vitoriosos”, diz a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Itaú (Comissão de Organização dos Empregados do Itaú), Valeska Pincovai.

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As demissões no Itaú foram realizadas no mês passado, quando a instituição financeira informou que os impactos teriam apresentado baixa produtividade no trabalho remoto. Segundo investigações conduzidas internamente, alguns dos trabalhadores tinham apenas 20% da atividade diária e ainda registravam horas extras. 

Na época, o Itaú divulgou uma nota informando que “atitudes como essas prejudicam a todos, pois desgastam relações de trabalho, comprometem o ambiente de colaboração e minam a liberdade que conquistamos nos modelos mais flexíveis, como o modelo híbrido”.

A causa impetrada pelo sindicato pedia a recontratação dos trabalhadores, que teriam sido impactados de forma repentina pela decisão da companhia. “Queríamos sim a reintegração, não conseguimos, mas na medida do possível os trabalhadores vão sair com o reconhecimento de tudo o que aconteceu", acrescentouPincovai.

Por meio de nota divulgada nesta terça, o Itaú destacou que fomenta o diálogo permanente com os representantes sindicais e que trabalha para manter um ambiente de conciliação e entendimento mútuo para prevenir a judicialização coletiva e individual. “O banco reitera, no entanto, que os desligamentos ocorridos em 08/09 não caracterizam demissão em massa. Trata-se de desligamentos plúrimos, nos quais foram consideradas as condições individuais de cada colaborador, sem objetivo de redução de quadro”, diz. .

ITUB4

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