A Cyrela (CYRE3) nem pagou o dividendo bilionário anunciado na semana passada e já propôs outra medida que promete turbinar a remuneração dos seus acionistas.
💰 A ideia é fazer um aumento de capital bilionário, mediante a bonificação dos acionistas. Ou seja, capitalizar R$ 2,49 bilhões da sua reserva de lucros, por meio da emissão de 72,8 milhões de novas ações que seriam distribuídas gratuitamente aos investidores.
De acordo com a companhia, a proposta busca o "melhor aproveitamento de saldos de reservas de lucros acumulados nos últimos exercícios, ao mesmo tempo em que proporciona a seus acionistas potenciais vantagens".
A proposta, no entanto, precisa ser aprovada pela B3 e também pelos acionistas da Cyrela para poder seguir em frente. Por isso, uma assembleia foi convocada para discutir o assunto no próximo dia 31 de dezembro.
📈 A proposta da Cyrela prevê a entrega de uma 0,1895 nova ação para cada 1 ação ordinária de titularidade do acionista na data de corte.
A data de corte será 30 de dezembro, caso o aumento de capital seja aprovado na assembleia de 31 de dezembro. Contudo, pode mudar se o assunto não for tratado neste dia.
A Cyrela pretende emitir ações de uma nova classe nessa operação. Serão ações preferenciais especiais, que terão os mesmos direitos das atuais ações ordinárias, mas terão um "caráter transitório e excepcional".
📅 Isso porque esses papeis serão convertidas em ações ordinárias ou resgatados pela empresa, mediante o pagamento de um valor em dinheiro aos acionistas, até 31 de dezembro de 2028.
A B3, no entanto, precisa aprovar a criação desse papel. Afinal, a Cyrela está listada no Novo Mercado da B3, o segmento de mais alto padrão de governança corporativa da bolsa brasileira, que exige a emissão de apenas ações ordinárias pelas empresas. O pedido de dispensa já foi apresentado pela Cyrela.
A Cyrela já havia anunciado na última quinta-feira (4) a distribuição de R$ 1 bilhão em dividendos intermediários, o equivalente a R$ 2,73 por ação.
O provento será pago na sexta-feira (12) para quem era acionista da construtora ao final do pregão dessa terça-feira (9).
Com isso, a companhia busca elevar a remuneração dos seus acionistas antes que a taxação dos lucros e dividendos entre em vigor, em 2026.
Segundo a Cyrela, a proposta de aumento de capital, mediante bonificação aos acionistas, também levou em conta essa legislação.
Segundo o comunicado, terão direito aos proventos os investidores com posição acionária em 9 de dezembro de 2025.
As informações revelam ritmo forte de lançamentos, desafios pontuais e avaliações distintas entre as companhias.
Construtora lança 17 empreendimentos imobiliários no segundo trimestre, avanço de 182% na comparação anual.
O Itaú BBA acredita que os ativos da empresa devem continuar subindo, com um preço alvo de R$ 36 para 2025.
Construtora atinge ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido) de 20,9% nos últimos 12 meses.
Os lançamentos da companhia no trimestre também mostraram força, registrando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 4,88 bilhões.
A parceria terá foco no mercado imobiliário de luxo em São Paulo e estima um valor potencial de vendas de R$ 6 bilhões.
As vendas líquidas neste trimestre somaram R$ 2,1 bilhões, 39% acima do valor registrado no 1T23.
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