Crise da água volta a assustar São Paulo e vazão do Cantareira será reduzida

Decisão da ANA reduz captação de água e Sabesp anuncia queda na pressão para preservar reservatórios.

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Publicado em 24/09/2025 às 17:20h - Atualizado Agora Publicado em 24/09/2025 às 17:20h Atualizado Agora por Wesley Santana
Sistema Cantareira abastece metade da população da RMSP (Imagem: Shutterstock)
Sistema Cantareira abastece metade da população da RMSP (Imagem: Shutterstock)

A partir do próximo dia 1º, a vazão de água do Sistema Cantareira vai operar em nível de restrição, informou a ANA (Agência Nacional de Águas), nesta quarta-feira (24). O modelo prevê uma redução da captação de água dos atuais 27 metros cúbicos por segundo para 23 m³/s. 

A decisão faz parte de um plano de contingência que vem sendo seguido nas últimas semanas para evitar uma eventual nova seca na Região Metropolitana de São Paulo. Ao menos desde 2022, a ANA não toma uma decisão como essa, o que mostra a dificuldade que tem sido enfrentada pelos reservatórios de SP. 

“Como medida de mitigação, a Sabesp poderá utilizar, além dos 23 m³/s autorizados no Cantareira, a vazão transposta no reservatório de Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, para o reservatório de Atibainha, com a vazão total limitada ao valor outorgado de 33 m³/s”, afirmou a agência.

Leia mais: Sabesp (SBSP3): São Paulo terá 10h por dia de redução na pressão da água

Nesta quarta, os reservatórios que fazem parte do Sistema Cantareira operaram com apenas um terço de sua capacidade. A situação é preocupante porque ele é responsável pela água que chega para cerca de 10 milhões de pessoas que vivem na capital e nas cidades vizinhas. 

“Apesar de os reservatórios do Sistema Cantareira estarem localizados integralmente em território paulista, o Sistema recebe águas de uma bacia hidrográfica de gestão da União: a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A ANA e a SP Águas avaliam que as regras de operação vigentes são adequadas para a gestão dos recursos hídricos do Sistema e fazem o acompanhamento diário dos dados de níveis da água, vazão e volume armazenado, visando subsidiar a tomada de decisões”, continua a nota da ANA.

Nesta semana, a Sabesp (SBSP3) informou que os consumidores terão a pressão de sua água reduzida cerca de 10 horas por dia. A medida foi tomada depois de uma recomendação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) e vai durar das 19h às 5h da manhã.

“A medida é preventiva e de contingência temporária com a finalidade de preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo, coberta pelo Sistema Integrado Metropolitano (SIM)”, disse a companhia.

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