CPI: Inflação dos EUA sobe 0,2% em agosto

A projeção para a inflação anual era um pouco superior, estimada em 2,6%.

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Publicado em 11/09/2024 às 11:48h - Atualizado 7 dias atrás Publicado em 11/09/2024 às 11:48h Atualizado 7 dias atrás por Elanny Vlaxio
Os preços dos alimentos apresentaram uma leve desaceleração em agosto (Imagem: Shutterstock)
Os preços dos alimentos apresentaram uma leve desaceleração em agosto (Imagem: Shutterstock)

De acordo com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho americano nesta quarta-feira (11), o CPI (Índice de preços ao consumidor) nos Estados Unidos aumentou 0,2% em agosto, repetindo o desempenho de julho. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação americana desacelerou, passando de 2,9% para 2,5%.

📊 Na outra ponta, o núcleo da inflação, que mede a variação de preços excluindo itens mais voláteis como alimentos e energia, apresentou uma leve aceleração em agosto, subindo 0,3%. Esse resultado é superior ao registrado em julho, quando a alta foi de 0,2%. A taxa anual da inflação subjacente permaneceu estável em 3,2%.

Já a variação mensal do CPI de julho, de 0,2%, alinhou-se com as expectativas do mercado, representadas pelo consenso LSEG. No entanto, a projeção para a inflação anual era um pouco superior, estimada em 2,6%.

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📈 O índice de preços de habitação nos Estados Unidos, um dos componentes mais importantes da inflação, apresentou uma aceleração em agosto. O item "shelter", que mede os custos com aluguel e propriedade de imóveis, subiu 0,5% no mês, superando a variação de 0,4% observada em julho. Em 12 meses, a alta acumulada nesse indicador foi de 5,2%.

Por fim, os preços dos alimentos apresentaram uma leve desaceleração em agosto, subindo 0,1% após avançar 0,2% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 2,1%. A alimentação fora do domicílio contribuiu para essa alta, com aumento de 0,3% no mês, enquanto os preços dos alimentos consumidos em casa permaneceram estáveis. Por outro lado, os preços de energia registraram queda de 0,8% em agosto, após um mês de estabilidade, acumulando redução de 4% em 12 meses.

💬 Ao Investidor10, Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad, reforçou que ainda há chances de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros americanas após o CPI. "Com a expectativa de corte da taxa de juros americana na próxima reunião do Fomc (Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve), a desaceleração acima do esperado da inflação não fecha as portas para a possibilidade de um corte de 50 pontos-base na taxa, mas diminuiu consideravelmente essa chance, aos olhos dos operadores de mercado. "