Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) avançam em acordo de troca de ativos; entenda

O objetivo do swap é otimizar operações, gerar sinergias e fortalecer a posição estratégica de ambas as empresas no setor energético.

Author
Publicado em 13/12/2024 às 10:35h - Atualizado 4 dias atrás Publicado em 13/12/2024 às 10:35h Atualizado 4 dias atrás por Matheus Rodrigues
Analistas de mercado têm visto o acordo de forma positiva para ambas as empresas (Imagem: Shutterstock)
Analistas de mercado têm visto o acordo de forma positiva para ambas as empresas (Imagem: Shutterstock)

🚨 Em um movimento estratégico de reestruturação e simplificação, a Copel (CPLE6) e a Eletrobras (ELET3) firmaram um acordo de troca de ativos, envolvendo suas subsidiárias Copel GeT e CGT Eletrosul.

O objetivo do swap é otimizar operações, gerar sinergias e fortalecer a posição estratégica de ambas as empresas no setor energético.

Conforme o comunicado oficial, a Eletrobras assumirá o controle total da usina hidrelétrica Colíder, localizada no Mato Grosso, com capacidade de 300 MW, além de receber um aporte de R$ 365 milhões no fechamento da transação.

Em contrapartida, a Copel obterá 100% de participação na usina hidrelétrica Mauá e na transmissora Mata de Santa Genebra, ativos anteriormente compartilhados com a Eletrobras.

A Copel destacou os ganhos financeiros imediatos, especialmente com a possibilidade de compensar prejuízos fiscais estimados em R$ 170 milhões, enquanto a Eletrobras prevê um acréscimo anual de R$ 235 milhões ao seu EBITDA a partir de 2025, além da ampliação de sua capacidade instalada em 122 MW.

Impactos estratégicos e financeiros

Analistas de mercado têm visto o acordo de forma positiva para ambas as empresas.

Para a Eletrobras, o controle integral da usina Colíder, com grande parte de sua energia já contratada no mercado regulado, é um reforço à sua estratégia de geração com menor risco.

Além disso, a operação reduz sua dívida líquida e melhora a alocação de capital, em linha com as metas divulgadas recentemente pela administração.

Do lado da Copel, o aumento de controle sobre ativos-chave como a usina Mauá e a transmissora Mata de Santa Genebra oferece ganhos de eficiência operacional e redução de despesas administrativas.

A simplificação da estrutura societária também é vista como um movimento atrativo para investidores, permitindo maior clareza na avaliação da companhia consolidada.

➡️ Leia mais: Telefônica Brasil (VIVT3) fará pagamento bilionário de JCP em 2025; confira os valores

Análises de mercado e perspectivas para 2025

A Genial Investimentos classificou a operação como um evento estratégico relevante, ressaltando os ganhos sinérgicos para ambas as partes.

O BBI, por sua vez, destacou a valorização dos ativos da Copel, com um aumento do retorno real em mais de 3,5 pontos percentuais e um valor presente líquido (VPL) estimado em R$ 97 milhões.

Além disso, a redução de despesas administrativas na Mata de Santa Genebra em R$ 12 milhões anuais reforça a visão de uma gestão mais eficiente para a Copel.

Para o BBI, a simplificação da estrutura societária também contribui para uma tese de investimento mais sólida, com a Copel e a Eletrobras bem posicionadas para atrair maior atenção dos investidores em 2025.

O swap de ativos entre Copel e Eletrobras demonstra como empresas do setor energético estão adotando abordagens inovadoras para fortalecer suas operações e gerar valor aos acionistas.

Ao eliminar estruturas societárias complexas, ambas as companhias sinalizam ao mercado seu compromisso com eficiência, disciplina de alocação de capital e geração de resultados sustentáveis.

📊 Com essa operação, Copel e Eletrobras pavimentam o caminho para uma gestão mais simplificada e resultados financeiros robustos, consolidando suas posições no mercado de energia para os próximos anos.

ELET3

ELETROBRAS
Cotação

R$ 35,16

Variação (12M)

-16,09 % Logo ELETROBRAS

Margem Líquida

26,67 %

DY

1.15%

P/L

7,99

P/VP

0.67