Como ficam os investimentos com Selic a 11,25%? Especialistas explicam
Investidores podem avaliar o aumento do risco de crédito da sua carteira para ter uma rentabilidade mais elevada, apontam especialistas

📊 A taxa básica de juros (Selic) caiu 0,5% ponto percentual na última quarta-feira (31), em decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Agora, com a Selic a 11,25% no ano, especialistas explicam ao Investidor10 como esse cenário pode impactar os investimentos.
Expectativa é de que a taxa fique em 8%
Para o gestor e analista Renato Nobile, da Buena Vista Capital, o cenário é positivo para os investidores de renda variável e a expectativa é que a taxa seja reduzida ainda mais.
"O cenário é interessante, o Banco Central tem acertado nesse ritmo de corte. É esperado pelo menos mais dois cortes, indo para 10,25%. A expectativa é que essa taxa chegue a 8%, mas é algo que depende do cenário macro internacional e do fiscal no Brasil", avaliou.
Segundo ele, o momento é para maior tomada de risco. Por isso,o investidor brasileiro deve fazer um ajuste em seu portfólio.
Renda fixa vai rentabilizar menos
Com a queda de juros ao longos dos anos, a Renda Fixa irá rentabilizar cada vez menos e, por isso, os investidores podem avaliar o aumento do risco de crédito da sua carteira para ter uma rentabilidade mais elevada, como explica Mayara Ranni Sekertzis, head de fundos e previdência da Manchester Investimentos.
"Dependendo do perfil do acionista, quem estava ganhando 1% com o crédito bancário, com o título público, pode aumentar o risco mesmo dentro da renda fixa. Começar a atuar mais com crédito privado ou via fundos de investimentos de crédito estruturado, que conseguem entregar um retorno acima do CDI e manter uma rentabilidade mais elevada", avaliou.
Leia também: Copom reduz taxa Selic para 11,25% e prevê novos cortes de 0,5 p.p.
Taxa de juros menor é positiva para ativos de riscos
📄 Para a head da Manchester Investimentos, a taxa de juros cair significa algo positivo para as ações de risco, como os ativos de multimercado.
"O investidor deve aumentar ganhos diferenciados para o portfólio. A taxa de juros começar a cair é algo positivo para os ativos de risco, mas também para ativos de mercado e para a Bolsa de Valores.
Já para o gestor e analista da Buena Vista Capital, as principais oportunidades estão no multimercado e em ações.
"Bons investimentos podem ser feitos em ações e em fundos de multimercados, visto que, trabalham estratégias e a tomada de risco pode ser interessante neste momento, principalmente, depois das quedas do último ano", afirmou.
Investidor deve buscar estratégias
De acordo com a head da Manchester Investimentos, mesmo com o cenário positivo, o investidor deve lembrar da volatilidade e deve buscar estratégias.
"Um ano positivo para ativos de risco não significa que os ativos de riscos vão estar sempre rendendo de forma positiva. Lembrando que temos reajustes, correções, então, por mais que a expectativa seja de alta, ao longo do tempo teremos volatilidade. O ideal é fazer um rebalanceamento e buscar estratégias que não vão rentabilizar com base no CDI", explicou.

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