CEO da Azul (AZUL4) teve reunião com Lula e recebeu “aval” para fusão
Em entrevista, Rodgerson revelou que o presidente Lula foi consultado sobre a ideia há oito meses e demonstrou apoio à fusão.

🚨 Na última quarta-feira (16), a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) anunciaram a assinatura de memorando de entendimento que abre caminho para uma combinação de negócios, com a expectativa de consolidar operações e fortalecer a competitividade do setor.
A notícia foi divulgada pelo CEO da Azul, John Rodgerson, e ganhou destaque após uma série de declarações sobre os próximos passos do projeto.
Em entrevista recente, Rodgerson revelou que o presidente Lula foi consultado sobre a ideia há oito meses e demonstrou apoio à fusão.
Segundo o executivo, o presidente destacou a necessidade de fortalecer o setor aéreo no país, minimizando o impacto de ciclos instáveis, conhecidos como "voos de galinha", que prejudicam empresas e colaboradores.
O acordo prevê que as operações da nova entidade possam começar já no próximo ano, dependendo da aprovação regulatória.
Um ponto de destaque é a baixa sobreposição das malhas aéreas das duas companhias, estimada em apenas 10%, o que pode facilitar a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Os desafios regulatórios e a recuperação da Gol
O caminho até a fusão, no entanto, depende de vários fatores. A Gol precisa concluir seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, previsto para abril ou maio deste ano. Apenas após essa etapa será possível dar andamento ao plano de unificação.
Além disso, o Cade terá um papel fundamental. O julgamento da fusão pode levar de seis a nove meses, mas as empresas já iniciaram conversas com o órgão antitruste para agilizar o processo.
➡️ Leia mais: Fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) deve criar gigante na Bolsa; entenda
De acordo com o memorando, a governança da nova holding será compartilhada:
- A Azul indicará o CEO;
- A Gol nomeará o chairman;
- O conselho de administração será composto por três representantes de cada empresa e três membros independentes do mercado.
Embora os detalhes ainda estejam em negociação, há uma intenção inicial de dividir a nova empresa em partes iguais.
No entanto, fatores como a captação de recursos e o andamento da recuperação judicial da Gol podem impactar essa proporção.
A Abra, atual controladora da Gol, terá participação mínima de 10% na holding combinada.
Operações integradas, marcas independentes
📊 Uma das estratégias mais comentadas é a manutenção das marcas Azul e Gol como independentes, enquanto todo o sistema operacional será unificado.
Isso significa que os passageiros poderão, por exemplo, comprar um bilhete pela Azul e retornar em um voo da Gol, aproveitando uma maior oferta de assentos e flexibilidade nos horários.
Rodgerson destacou que essa integração não só melhora a experiência dos passageiros, mas também otimiza a operação das companhias, fortalecendo sua competitividade frente a rivais globais.
A fusão entre Azul e Gol, caso aprovada, criará uma das maiores companhias aéreas da América Latina, com potencial para redefinir os valores de mercado.

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