Campos Neto quer entregar juros no patamar "mais baixo possível" ao deixar BC

Presidente do BC fará, em 2024, seu último ano à frente da autarquia

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Publicado em 27/12/2023 às 17:17h - Atualizado 6 meses atrás Publicado em 27/12/2023 às 17:17h Atualizado 6 meses atrás por Juliano Passaro
(Ag.Brasil/Lula Marques)
(Ag.Brasil/Lula Marques)

🏦 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que gostaria de entregar a Selic (taxa básica de juros) no patamar "mais baixo possível" ao deixar o BC. Campos Neto fará, em 2024, seu último ano à frente da autarquia.

🎙️ A fala de Campos Neto foi dita em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da "Globonews".

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Campos Neto quer entregar a Selic no patamar "mais baixo possível" ao deixar BC

🗣️ "Vai ser meu último ano (2024) como presidente do Banco Central. Então, a gente tem uma perspectiva positiva. Tem muita coisa que a gente gostaria de consolidar ainda no BC. É importante entregar a inflação na meta. É importante entregar os juros o mais baixo possível", disse Campos Neto em um trecho publicado da entrevista na página do canal de TV no "X" (antigo Twitter).

Campos Neto também falou sobre as perspectivas de crescimento da economia em 2024.

"Como o crescimento tem se prendido para cima, você leva um crescimento um pouquinho melhor para o ano que vem. Então, os analistas estão aí perto de 2% para o crescimento no ano que vem", disse o presidente do BC.

Relação entre Campos Neto e o Governo Lula

Durante grande parte deste ano, o presidente do BC foi criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por integrantes do governo, como o vice Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso porque todos eles concordavam que os juros estavam acima do patamar que deveria para estimular a economia do País.

No entanto, nos últimos meses, Campos Neto e Lula se aproximaram, com encontros no Palácio do Planalto e até uma confraternização de fim de ano do governo na Granja do Torto (casa de campo da Presidência).

Em agosto, o BC decidiu cortar a taxa de juros em meio ponto percentual, de 13,75% para 13,25%. Desde então, o Copom (Comitê de Política Monetária) tem diminuído - aos poucos - a taxa de juros, que chegou a 11,75% em 13 de dezembro.