Campos Neto diz que o governo pode ter um déficit fiscal menor do que as atuais projeções
Em entrevista, ele contou que o PIB do primeiro trimestre provavelmente será ainda maior

🏦O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou em uma entrevista à Folha de S.Paulo confiança de que o governo pode alcançar um déficit fiscal menor do que as atuais projeções de mercado, que variam entre 0,7% e 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). "Estou otimista em relação ao que o mercado está prevendo", afirmou.
Ele enfatizou a sincronia entre o BC e o governo na busca por taxas de juros mais baixas, destacando que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já mencionou que a redução do déficit fiscal contribuiria para esse objetivo.
Campos Neto também comentou o crescimento de 2,9% do PIB brasileiro em 2023, divulgado na sexta-feira (1º), sugerindo que o PIB do primeiro trimestre provavelmente será ainda maior.
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Ele ressaltou a importância de monitorar as projeções de crescimento para 2024, que têm sido revisadas para cima por várias instituições financeiras. O Banco Central, por exemplo, estima um avanço de 1,7%, e Campos Neto indicou que estão atentos a possíveis mudanças nessa estimativa.
O presidente do BC expressou preocupação com um crescimento "muito grande" do PIB, pois poderia desencadear um processo inflacionário. Ele destacou que está especialmente atento à inflação dos serviços e ao impacto nos salários.
Diante da incerteza em relação à inflação, Campos Neto afirmou que por várias razões é entendido que as taxas de juros precisam estar no campo restritivo. Ele explicou que o cenário será avaliado continuamente pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e que ainda não é possível determinar qual será a taxa terminal da Selic.

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