BRB – Banco de Brasília (BSLI4) está sob nova direção; saiba quem

Estatal está no olho do furacão diante de fraude bilionária junto ao Banco Master, apontada pela Polícia Federal.

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Publicado em 18/11/2025 às 20:49h - Atualizado Agora Publicado em 18/11/2025 às 20:49h Atualizado Agora por Lucas Simões
Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal é escalado para chefiar o BRB (Imagem: Divulgação)
Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal é escalado para chefiar o BRB (Imagem: Divulgação)
O BRB – Banco de Brasília (BSLI4) acabou tomando as manchetes dos jornais nesta terça-feira (18), por ter seu nome envolvido até o pescoço com uma fraude de R$ 12 bilhões junto ao privado Banco Master, que já rodopiou após liquidação financeira extrajudicial. Daí, um novo comando se faz necessário ao banco estatal.
Ao invés do rito oficial via fato relevante ao mercado, a comunicação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi direto na imprensa, ao revelar sua escolha de um funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal para chefiar daqui em diante o BRB.
“Entendi por bem indicar o nome do servidor de carreira da Caixa Econômica Federal, Celso Eloi, que, no momento, exerce o cargo de superintendente da Caixa em Brasília”, disse o comandante da capital federal ao portal Metrópoles.
O governo do Distrito Federal é dono de 65,63% do capital social do Banco de Brasília, ao passo que os acionistas minoritários em bolsa de valores ostentam fatia de 10,62%.
Já os outros dois acionistas relevantes na empresa são o Instituto de Previdência dos Servidores do DF (15,07%) e a Associação Nacional dos Empregados e Aposentados do BRB (8,68%).

BSLI4 arrumando a casa

Quando a informação já era pública, a instituição financeira confirmou oficialmente a indicação de Celso Eloi como CEO do Banco BRB, após o então incumbente Paulo Henrique Costa ter sido afastado do cargo por 60 dias.
O comunicado ao mercado também dá conta de que Cristiane Maria Lima Bukowitz, Diretora Executiva de Gestão de Pessoas, profissional com 35 anos de dedicação ao BRB, exercerá temporariamente as funções de presidente da companhia.
Mesmo com a Polícia Federal batendo às portas e citando ao menos 20 documentos gerados entre janeiro e maio de 2025 que ligam a estatal ao esquema fraudulento do Banco Master, as ações preferenciais do Banco de Brasília (BSLI4) terminaram o dia em alta de +1,22%, valendo R$ 8,30 cada, ao passo que as ações ordinárias (BSLI3) cederam -0,98%, negociadas por R$ 8,07 cada.
Em nota, o BRB afirma que "sempre conduziu suas atividades em estrita observância às normas aplicáveis de compliance e transparência, prestando regularmente todas as informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil relativas às operações envolvendo o Banco Master".
A companhia também assegura que suas operações seguem em pleno funcionamento, incluindo o atendimento aos seus clientes. Adicionalmente, a estatal esclarece que não houve qualquer prisão de integrantes do BRB nesta data.

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