Brava Energia (BRAV3) dispara após resultados do 3T24, entenda

Companhia teve resultados mistos, mas mostrou empenho em elevar produção e retorno aos acionistas.

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Publicado em 14/11/2024 às 16:39h - Atualizado 22 dias atrás Publicado em 14/11/2024 às 16:39h Atualizado 22 dias atrás por Marina Barbosa
Brava lucrou R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre (Imagem: Shutterstock)
Brava lucrou R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre (Imagem: Shutterstock)

A Brava Energia (BRAV3) opera em forte alta na bolsa brasileira nesta quinta-feira (14), com o mercado reagindo ao primeiro balanço combinado da companhia.

💲 Fruto da fusão entre Enauta e 3R Petroleum, a Brava teve um lucro líquido consolidado de R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo assim o prejuízo de R$ 349,9 milhões do mesmo período de 2023.

Os resultados, no entanto, foram avaliados de forma mista pelo mercado. A visão de futuro da companhia, por outro lado, agradou. Por isso, as ações da Brava saltavam 5,76% às 16h desta quinta-feira (14) na bolsa, cotadas por R$ 16,52.

Resultados do 3T24

A Brava produziu em média foi de 51,7 mil barris de óleo equivalente por dia no trimestre. A produção subiu 5,6% em relação ao mesmo período de 2023, mas caiu 13,2% na comparação com o trimestre anterior, devido à parada do Campo de Papa Terra e a uma menor produção no Complexo Recôncavo.

Além disso, a Brava reportou um recuo nos preços médios de venda de petróleo e gás. Por isso, a receita líquida da companhia caiu 10,7% na base anual e 29,9% no trimestre, para R$ 2,193 bilhões.

Despesas não-recorrentes também pressionaram os dados, mas o resultado financeiro melhorou. Com isso, o Ebitda somou R$ 727,4 milhões, com uma margem de 33,2%. O Ebitda subiu 7,7% em um ano, mas recuou 29,5% em relação ao trimestre anterior.

Analistas ainda alertam para o fato de que a Brava também pode ter um quarto trimestre desafiador, com queima de caixa e aumento da alavancagem, devido às paradas de produção nos campos de Papa Terra e Atlanta.

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De olho no futuro

Diante desses desafios, a Brava disse que está empenhada no retorno da produção de Papa Terra e no início da produção do FPSO Atlanta. Os campos devem permitir uma forte alta da produção e, por isso, são vistos como gatilhos importantes para as ações da empresa.

Além disso, a administração demonstrou interesse em "promover um processo de desalavancagem acelerado e o crescimento do retorno aos acionistas por meio de distribuição de dividendos e/ou recompra de ações".

O Itaú BBA acolheu de forma positiva essas indicou e avaliou que a Brava estaria "traçando o caminho para operações mais fortes e desalavancagem".

Apesar de ressaltar a preocupação com a alavancagem da companhia, a XP também avaliou que a Brava está "atravessando um segundo semestre de 2024 tempestuoso em direção a águas mais calmas em 2025".

"Olhando além dos desafios de curto prazo, acreditamos que há espaço para a Brava liberar um valor significativo de suas operações (particularmente Papa Terra e Atlanta) e capturar sinergias da transação", comentou.

O Santander destacou, no entanto, que o desempenho das ações está condicionado à operação de Papa Terra e de Atlanta. A XP reforçou que "o ramp-up oportuno nos dois principais campos offshore da Brava em dezembro é fundamental para o caso de investimento".

BRAV3

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